Home Política Bolsonaro diz que “não é justo” associar reunião com embaixadores à “ataque à democracia”

O ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu com parlamentares federais e estaduais do PL na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) na manhã desta segunda-feira (26), em São Paulo. O encontro integra roteiro de viagens que o ex-presidente tem feito pelo País em uma tentativa de construir uma imagem de “perseguido”.

“É justo cassar os direitos políticos de alguém que se reuniu com embaixadores? Não é justo falar: atacou a democracia. Aperfeiçoamento, buscar, colocar camadas de proteção, isso é bom para a democracia”, afirmou o ex-presidente após a reunião do ex-presidente correligionários.

“Eu já fui multado, no meu CPF, em R$ 20 mil, por causa daquela reunião com embaixadores. O que não podemos aceitar passivamente no Brasil é que possíveis críticas ou sugestões de aperfeiçoamento no sistema eleitoral seja tido como um ataque à democracia”, afirmou.

Nesta terça-feira (27), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) retoma o julgamento que pode cassar por oito anos os direitos políticos de Bolsonaro. Ele é acusado de abuso de poder político, conduta vedada, desordem informacional e uso indevido dos meios de comunicação em uma ação que como pano de fundo uma reunião com embaixadores estrangeiros em julho de 2022 no Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele atacou ministros do TSE e o pôs em xeque, sem apresentar provas, a lisura do processo eleitoral.

Nesta segunda-feira, Bolsonaro entrou na Alesp acompanhado do deputado estadual Gil Diniz (Republicanos) e do presidente da Assembleia, André do Prado (PL). O ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social na gestão Bolsonaro Fábio Wajngarten também acompanhou o ex-presidente. Ele se reuniu com parlamentares em um auditório. No domingo (25), Bolsonaro almoçou com o presidente do PL Valdemar Costa Neto.

Nessa série de viagens – Bolsonaro esteve em Porto Alegre semana passada –, o ex-presidente busca ajudar Valdemar a aumentar o número de filiados do PL para disputar prefeituras em 2024. Em outra frente, Bolsonaro tenta se mostrar vivo em meio ao julgamento na Corte eleitoral.