Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025

Home em foco Bolsonaro exonera Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia e nomeia Adolfo Sachsida para o cargo

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Bento Albuquerque não é mais o ministro de Minas e Energia. O decreto com a exoneração do cargo, a pedido, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (11). Para o lugar de Albuquerque, o presidente da República nomeou Adolfo Sachsida, servidor de carreira do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ele ocupava a chefia da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia.

Sachsida é doutor em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) com pós-doutorado pela Universidade do Alabama, nos Estados Unidos. Ele também é advogado, especializado em Direito tributário.

Em seu perfil no Twitter, Sachsida agradeceu ao presidente pela “confiança” e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. E também citou o ex-ministro Bento Albuquerque “pelo trabalho em prol do País”. “Com muito trabalho e dedicação espero estar à altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil”, escreveu, na rede social.

A mudança no ministério, entretanto, ocorre após novas críticas de Bolsonaro à política de preços da Petrobras, estatal ligada à pasta.

Em março, igualmente após críticas devido a forte reajuste promovido pela Petrobras, Bolsonaro já havia trocado o presidente da empresa (saiu o general Joaquim Silva e Luna e entrou o executivo José Mauro Coelho).

A troca no comando do Ministério de Minas e Energia seria mais uma tentativa do presidente Jair Bolsonaro de tentar se livrar do desgaste político causado pelo aumento nos preços dos combustíveis. Apesar das criticas, é Bolsonaro o responsável por nomear quem comanda a Petrobras, já que a União é acionista controladora da empresa.

Albuquerque disse que a saída dele do cargo foi uma decisão “de caráter pessoal” tomada junto com o presidente Jair Bolsonaro. A afirmação está em uma pequena nota divulgada pela assessoria do Ministério de Minas e Energia horas depois da publicação da sua exoneração.

Privatizações

O novo ministro afirmou em pronunciamento nesta quarta que, como primeira medida à frente da pasta, pedirá estudos ao governo sobre a eventual privatização da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) – estatal responsável por gerir os contratos da União no pré-sal.

Sachsida não comentou a política de preços da Petrobras e não citou textualmente as altas recentes no preço dos combustíveis – motivo principal para a troca de comando no ministério.

“Meu primeiro ato como ministro será solicitar ao ministro [da Economia] Paulo Guedes, presidente do Conselho do PPI [Programa de Parcerias de Investimentos], que leve ao conselho a inclusão da PPSA no PND [Programa Nacional de Desestatização] para avaliar as alternativas para sua desestatização”, disse. “Ainda como parte do meu primeiro ato, solicito também o início dos estudos tendentes à proposição das alterações legislativas necessárias à desestatização da Petrobras”, completou.

A privatização da Petrobras e da PPSA é um desejo antigo do ministro da Economia, Paulo Guedes, antigo chefe de Sachsida. Porém, encontrava oposição na gestão do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, demitido nesta quarta.

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