Sexta-feira, 29 de Março de 2024

Home em foco Bolsonaro questiona “covid do coração”: É pós-covid ou pós outra coisa? A verdade virá

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta semana que a “covid do coração”, relatada pela cardiologista Ludhmila Hajjar durante entrevista, pode ser efeito de outro fenômeno, e não da doença. Embora não tenha atribuído diretamente a doença cardíaca às vacinas, a declaração do presidente veio pouco antes de uma série de críticas aos imunizantes utilizados contra a covid-19.

“É pós-covid ou pós outra coisa? A verdade virá”, declarou o presidente. Logo em seguida, citou o salto de casos de covid na China e voltou a colocar suspeições sobre a eficácia da vacina Coronavac. “Não vou tecer juízo de valor. De onde é a Coronavac, qual país que fez, que vendeu para São Paulo bastante? Esse país vacinou o seu povo? Seu povo não está imunizado? Se no país em que nasceu Coronavac o povo está se vacinando em larga escala, o que está acontecendo?”, questionou.

O presidente também criticou Ludhmila Hajjar, a quem convidou para ser ministra da Saúde antes de Marcelo Queiroga. “Tocou violão para Dilma (Rousseff), é amor explícito”, disse em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Em entrevista ao jornal Estado de SP publicada na segunda-feira (16), a cardiologista Ludhmila Hajjar afirmou que o País vive avalanche de doenças surgidas no coração em decorrência da covid-19. “Os casos cardiovasculares aumentaram 100% no Brasil. Estou vivendo isso no dia a dia. Meu consultório está lotado”, disse.

Na entrevista, ela também revelou o motivo de não ter aceito o convite de Bolsonaro para ser ministra da Saúde. “As conversas mostraram que temos linhas diferentes”, justificou.

Médica dos famosos

A médica Ludhmila Hajjar está na linha de frente do combate à avalanche de casos de doenças surgidos no coração em decorrência da covid-19. “Os casos cardiovasculares aumentaram 100% no Brasil. Estou vivendo isso no dia a dia. Meu consultório está lotado”, iniciou a conversa, por videoconferência, com a repórter Paula Bonelli.

Recuperando o fôlego, após atender um paciente que estava enfartando, a professora de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP, de 44 anos, falou sobre sua atividade que abrange diversas especialidades, inclusive sobre o papel de médica de famosos e autoridades.

Seu consultório fica ao lado do Hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, em São Paulo, onde recentemente atendeu o senador Davi Alcolumbre durante sua internação. Em março de 2021, ela recusou o convite de Jair Bolsonaro para ser ministra da Saúde, no lugar de Eduardo Pazuello.

Para Ludhmila, a mulher médica está preparada para encarar a dura rotina das UTIs, mais do que os homens. “A mulher hoje é um ser destemido,” disse. Apesar de ter personalidade forte, ela não ficou à vontade em fazer cliques segurando o café, como proposto para ilustrar este papo, “sou tímida”, confessou.

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