Sábado, 20 de Abril de 2024

Home Brasil Bolsonaro volta a criticar ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso

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Nesta quarta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Ele acusou o primeiro de agir fora da Constituição e disse que o seguindo entende de “terrorismo”.

Bolsonaro é alvo de cinco inquéritos no STF – quatro deles relatados por Moraes – e de um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão atualmente presidido por Barroso.

“Quem esses dois pensam que são?”, vociferou em entrevista a um canal de TV. “Vão tomar medidas drásticas dessa forma, ameaçando, cassando liberdades democráticas nossas, o direito de expressão. Eles não querem assim, porque têm candidato. Os dois, nós sabemos, são defensores do Lula, querem o cara presidente de novo.”

No ano passado, Bolsonaro passou semanas fazendo diversos ataques ao STF, especialmente ao dois magistrados. O auge ocorreu durante uma manifestação realizada no dia 7 de setembro, quando chamou Moraes de “canalha” e disse que não iria mais cumprir as decisões dele.

No entanto, dois dias depois acabou divulgando nota dizendo que as declarações ocorreram “no calor do momento”. Ele também conversou com Moraes por telefone. Pelo jeito, a trégua acabou.

Nesta quarta-feira, Bolsonaro criticou uma declaração de Moraes durante o julgamento no TSE da sua chapa nas eleições de 2018. Apesar da chapa ter sido absolvida, o ministro disse que se houver repetição do que ocorreu em 2018, nas próximas eleições “o registro será cassado” e as pessoas que fizerem isso “irão para a cadeia”.

Rede de ódio

A atitude beligerante de Bolsonaro reativou uma série de ataques por parte de seus apoiadores, nas redes sociais, contra integrantes da Corte. O blogueiro foragido Allan dos Santos reproduziu o vídeo com as declarações de Bolsonaro ao site Gazeta Brasil e afirmou que o presidente precisa combater “a corja do STF”.

Mesmo banido das redes sociais Facebook e Twitter, Allan continua ativo em plataformas como Telegram e Gettr, com mais de 100 mil seguidores em cada uma. Elas não têm representação no Brasil e não costumam cumprir ordens da Justiça brasileira – motivo pelo qual uma ala do Ministério Público Federal (MPF) quer proibir o uso desses aplicativos por candidatos nas eleições de outubro.

O deputado Filipe Barros (PSL-PR), também alvo de inquérito sobre a publicação de notícias falsas contra o STF, usou seu perfil oficial para destacar a acusação feita por Bolsonaro de que os ministros são “defensores de Lula”. A publicação obteve mais de 20 mil interações e esteve entre as mais repercutidas sobre o tema no Facebook.

As afirmações do presidente também municiaram páginas anônimas mantidas por seus apoiadores na internet. Uma delas publicou que o “STF já passou de todos os limites legais e ilegais” e que “é uma fábrica de aberrações jurídicas”.

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