Home Inter Camaleão tático: os formatos que deram vida ao novo Inter

Em apenas três partidas à frente do Inter, Ramón Díaz e seu filho Emiliano já mostraram um repertório tático variado e dinâmico. A nova comissão técnica do Colorado não apenas alterou formações entre os jogos, mas também dentro de cada duelo, revelando uma abordagem flexível e adaptável ao contexto de cada adversário e momento da partida.

Desde a estreia contra o Juventude, passando pelo confronto com o Corinthians e a vitória sobre o Botafogo, os Díaz utilizaram cinco formações diferentes: 4-4-2, 4-3-1-2, 4-2-3-1, 3-5-2 e 3-4-3. A constante troca de esquemas reflete não apenas a busca por soluções diante de desfalques e suspensões, mas também uma tentativa de encontrar a melhor identidade para o time.

Na partida contra o Juventude, o Inter começou no 4-4-2 com um losango no meio-campo, tendo Luis Otávio como volante mais recuado e Alan Patrick mais avançado. Com o decorrer do jogo e a pressão do adversário, a equipe alternou para o 4-3-1-2 e, posteriormente, para o 4-2-3-1, com entradas de Ronaldo, Vitinho e Bruno Tabata. No fim, voltou ao 4-4-2 com Ricardo Mathias ao lado de Borré no ataque.

Contra o Corinthians, o Inter iniciou no 4-3-1-2, mas após sofrer um gol aos 9 minutos, a comissão técnica promoveu mudanças no intervalo, adotando o 3-5-2 com Mercado reforçando a zaga. Na reta final, com a entrada de Mathias, o time passou para o 3-4-3, buscando mais agressividade ofensiva.

Na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, o Inter começou no 3-4-3, com Alan Patrick atuando como falso 9 e Vitinho ganhando espaço no ataque. A formação se transformava em 5-2-3 quando o time era pressionado. Com as substituições, a equipe passou para o 3-5-2, mantendo Alan Patrick como referência ofensiva.

Em três jogos, os Díaz utilizaram 19 jogadores diferentes e não repetiram escalação. A flexibilidade tática tem sido acompanhada por uma rotação intensa do elenco, motivada por suspensões, lesões e decisões estratégicas. Gabriel Mercado, por exemplo, tem sido peça-chave nas formações com três zagueiros.