Domingo, 15 de Setembro de 2024

Home Política Chanceler de Lula vai à Rússia, em meio à guerra, negociar expansão do Brics

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, embarca nesta semana para a Rússia, país que está em guerra com a Ucrânia. O auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar do encontro de chanceleres do Brics, fórum internacional do qual o Brasil faz parte. A cúpula será promovida entre os dias 10 e 11 de junho na cidade russa de Nizhny Novgorod.

A presença do ministro em solo russo acontece em meio às críticas do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, à postura do Brasil diante do conflito. Na avaliação do mandatário ucraniano, o governo brasileiro aliou-se a Vladimir Putin. O Itamaraty refuta a tese e lembra a condenação à invasão da Ucrânia, aprovada na ONU com voto do Brasil.

O principal assunto da reunião em Nizhny Novgorod será a expansão do Brics. No ano passado, o grupo aprovou a entrada de Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Originalmente, a formação era Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Existe uma negociação interna, porém, para receber ainda mais países. Lula já prometeu apoio à entrada da Colômbia.

De lá, Mauro Vieira vai a Ancara para uma reunião bilateral com o chanceler da Turquia, Hakan Fidan, no dia 12, quarta-feira da semana que vem. No dia seguinte, segue para Atenas para um encontro com o ministro de Negócios Estrangeiros da Grécia, Nikos Dendias. Entre os dias 14 e 15, Vieira vai ao G-7, em Borgo Egnazia, na Itália, cúpula da qual o presidente Lula também participará.

O chefe do Executivo desembarca em Genebra na quinta-feira (13), onde deve se reunir com o diretor-geral da OIT, Gilbert F. Houngbo, no âmbito da 112ª Conferência Internacional do Trabalho.

Já a agenda no G7, em Apúlia, ocorrerá nos dias 14 e 15. A cúpula dos líderes deve discutir, entre outros temas, os conflitos entre Rússia e Ucrânia e na Faixa de Gaza.

A ida do chefe do Executivo virou dúvida após Lula adiar a viagem que faria ao Chile por causa da crise das chuvas no Rio Grande do Sul. Mas a presença dele foi confirmada.

No ano passado, no retorno de Lula à presidência, o titular do Planalto também participou do encontro de líderes, em Hiroshima, no Japão.

O G7 é composto pelos sete países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

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