Terça-feira, 17 de Setembro de 2024

Home Tecnologia China quer levar painéis solares para a órbita da Terra

Compartilhe esta notícia:

A Longi Green Energy Technology, a maior produtora de tecnologias de energia solar no mundo, quer levar painéis solares ao espaço para testar a viabilidade de um novo processo de produção e distribuição de energia. A ideia é coletar a energia solar na órbita da Terra e, depois, transmiti-la à Terra. A empresa chinesa quer também estudar o uso de seus produtos em ambientes mais hostis, e avaliar como se saem em programas espaciais.

A proposta de produzir energia solar no espaço chamou a atenção de membros da indústria e até da academia, porque o processo pode resolver o principal problema desta tecnologia. Ao ficarem em órbita, os painéis solares estariam voltados constantemente para o Sol sem perder eficiência durante os períodos de escuridão, como ocorre com os painéis em solo.

Os pesquisadores da Universidade de Xidian, na província de Shaanxi, afirmaram no início do ano que conseguiram testar um modelo de um sistema completo de uma nova tecnologia, desenhada para transmitir energia solar do espaço externo. O projeto deles é parecido com a proposta da Longi: no caso, o processo começa com a luz solar coletada em solo e a em feixes de microondas.

Os feixes são transmitidos pelo ar até uma estação receptora e, depois, a estação converte os feixes em eletricidade. Para os entusiastas do processo, este sistema pode ser expandido para, quem sabe, cobrir as grandes distâncias dos painéis solares na órbita do planeta.

Segundo Wu Zhijian, presidente da estatal China Space Foundation, os painéis solares propostos pela Longi podem levar a futuras parcerias de energia renovável firmadas com a Associação Espacial Nacional da China. Ainda é necessário aguardar para ver se o conceito terá sucesso — e, em caso positivo, ele tem grande potencial.

Energia solar

O Sol é a fonte de energia mais abundante da Terra, uma vez que a estrela do Sistema Solar não cumpre apenas o papel de iluminar os nossos dias: ela gera energia de sobra para ser capturada e convertida em eletricidade, de forma contínua e sem risco de se esgotar.

Devido a toda essa potência do Sol, cientistas desenvolveram uma forma de usar os raios solares que atingem a Terra para convertê-los em energia que alimente nossos equipamentos. A produção da energia solar, então, acontece quando os raios solares “batem” nas células dos painéis solares fotovoltaicos, feitas com materiais semicondutores (como o silício, por exemplo). Essas células absorvem parte dos fótons dos raios solares, e os fótons estimulam os elétrons ali presentes para que eles entrem em movimento, se espalhando pelo painel e, assim, gerando uma corrente elétrica contínua. A corrente contínua pode ser armazenada em baterias assim que produzidas, ou ser convertida em corrente alternada para ser usada em redes, como uma rede elétrica pública, por exemplo, bem como em residências.

“Os módulos fotovoltaicos convertem a irradiação solar em energia elétrica através de uma reação físico-química descoberta ainda no século XIX. Em meados do século XX, a tecnologia se desenvolveu para fornecer energia a locais remotos e à alimentação de satélites. Nos últimos 10 anos, os módulos fotovoltaicos têm se popularizado, especialmente porque seu custo vem caindo de forma acelerada”, contextualiza Guilherme Susteras, membro sênior do Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e sócio-diretor da Sun Mobi.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Tecnologia

Gisele Bündchen e Tom Brady tentam solucionar crise com novas discussões no casamento
Taylor Swift recusa convite para cantar no Super Bowl
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa News