Quinta-feira, 18 de Abril de 2024

Home em foco China realiza exercícios militares próximos a Taiwan em provocação aos Estados Unidos

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Exército da China disse nesta quarta-feira (25) que realizou exercícios militares em torno de Taiwan como um aviso para os Estados Unidos, segundo a mídia estatal chinesa.

“Este é um aviso solene contra o recente conluio entre os Estados Unidos e Taiwan”, disse o porta-voz do exército chinês, Shi Yi.

O presidente dos EUA, Joe Biden, irritou a China na última segunda-feira (23) ao dizer que os Estados Unidos se envolveriam militarmente se ela atacasse Taiwan.

Os EUA tradicionalmente têm uma política de “ambiguidade estratégica” sobre quão longe estariam dispostos a ir se a China invadisse a ilha. Biden disse depois que não houve mudança na política dos EUA.

“É hipócrita e inútil para os Estados Unidos dizer uma coisa e fazer outra em relação a Taiwan”, disse Shi Yi, segundo a TV estatal chinesa.

A China considera Taiwan uma parte inalienável de seu território e diz que é a questão mais sensível e importante em seu relacionamento com Washington.

Já o governo de Taiwan vê-se como um Estado soberano, com constituição, forças armadas, moeda e eleições democráticas.

Reformulação das defesas

O governo de Joe Biden acelerou seus esforços para reformular os sistemas de defesa de Taiwan, pois projeta uma presença militar americana mais robusta na região para tentar impedir um possível ataque dos militares chineses, dizem atuais e ex-funcionários dos Estados Unidos.

A guerra da Rússia na Ucrânia conscientizou as autoridades americanas e taiwanesas de que um autocrata pode ordenar a invasão de um território vizinho a qualquer momento. Mas também mostrou como um pequeno exército pode resistir a um inimigo aparentemente poderoso.

Autoridades dos EUA estão tirando lições aprendidas ao armar a Ucrânia para trabalhar com Taiwan na moldagem de uma força mais poderosa que poderia repelir uma invasão marítima da China, que tem uma das maiores forças armadas do mundo.

O objetivo é transformar Taiwan no que algumas autoridades chamam de “porco-espinho” – um território repleto de armamentos e outras formas de apoio liderado pelos EUA que parece doloroso demais para ser atacado.

Há muito tempo Taiwan tem mísseis que podem atingir a China. Mas as armas fabricadas nos Estados Unidos que comprou recentemente – plataformas de foguetes móveis, caças F-16 e projéteis antinavio – são mais adequadas para repelir uma força invasora.

Alguns analistas militares dizem que Taiwan pode comprar minas marítimas e drones armados mais tarde. E como na Ucrânia, o governo dos EUA também poderia fornecer inteligência para aumentar a letalidade das armas, mesmo que se abstenha de enviar tropas.

Autoridades americanas têm pressionado discretamente seus colegas taiwaneses a comprar armas adequadas para a guerra assimétrica, um conflito no qual um exército menor usa sistemas móveis para realizar ataques letais contra uma força muito maior, dizem autoridades americanas e taiwanesas.

Washington usa cada vez mais a presença de seus militares e aliados como dissuasão. O Pentágono começou a divulgar mais detalhes sobre as travessias de navios de guerra americanos pelo Estreito de Taiwan – 30 desde o início de 2020. E autoridades dos EUA elogiam nações parceiras como Austrália, Reino Unido, Canadá e França quando seus navios de guerra transitam pelo estreito.

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