Domingo, 06 de Julho de 2025

Home em foco China suspende parceria com o governo dos Estados Unidos em cinco áreas

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A China anunciou a suspensão da cooperação com os Estados Unidos em matéria de aquecimento global, repatriação de imigrantes ilegais, assistência jurídica em assuntos criminais, e combate a crimes transnacionais e a antinarcóticos. A decisão do governo de Xi Jinping surpreendeu os EUA, que convocaram o embaixador chinês, Qin Gang, para prestar explicações.

As relações entre Pequim e Washington pioraram após a viagem da líder da Câmara dos EUA a Taiwan. Os chineses prometeram adotar uma série de medidas para punir os EUA pela visita de Nancy Pelosi à ilha, que Pequim considera parte deu território.

A China costuma tradicionalmente protestar contra o fato de a província autogovernada manter contatos com governos estrangeiros, mas a reação à visita de Pelosi atingiu níveis sem precedentes, inclusive com o corte nas relações em uma série de áreas consideradas de grande importância.

As duas nações mais poluidoras do mundo se comprometeram no ano passado a acelerar nesta década as ações pelo clima, com reuniões bilaterais regulares para lidarem juntas com a crise climática.

Com o agravamento das relações entre Pequim e Washington, que atingiram o nível mais baixo dos últimos anos, esse e outros acordos estão ameaçados.

O Ministério Chinês do Exterior anunciou que o diálogo entre os comandantes militares regionais e dos Departamentos de Defesa será cancelado, assim como as conversações sobre a segurança militar marítima.

As ações tiveram início com uma série de exercícios militares realizados em seis pontos da costa taiwanesa. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, declarou ao jornal The Washington Post que autoridades da Casa Branca afirmaram a Qin que as recentes ações militares chinesas — que incluíram o disparo de mísseis sobre a principal ilha de Taiwan — foram “irresponsáveis e em desacordo com a meta de longa data dos EUA de manter a paz e a estabilidade” na região.

Kirby pediu à China que interrompa as manobras bélicas e diminua os ânimos. “Os chineses podem fazer muito para reduzir as tensões cessando seus exercícios militares provocativos e baixando o tom”, disse.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, anunciou que seu país “suspenderá as negociações sino-americanas sobre a mudança climática” e cancelará um encontro entre dirigentes militares, assim como duas reuniões sobre segurança.

Sanções

As retaliações à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan foram além. Um porta-voz da chancelaria chinesa afirmou que Pequim adotou sanções contra a congressista e seus familiares, “de acordo com as leis relevantes da República Popular da China”. As medidas não foram detalhadas. Segundo o porta-voz, ao desconsiderar as graves preocupações da China, Pelosi insistiu na visita.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, externou preocupação com o acirramento das tensões diplomáticas entre EUA e China. “Para o secretário-geral, não dá para resolver os problemas mais urgentes do mundo sem diálogo e cooperação efetiva entre os dois países”, disse o porta-voz Stéphane Dujarric.

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