Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 31 de julho de 2025
Primeiro foi José Dirceu, ex-superministro do governo Lula 1, que foi convocado para tentar ser um puxador de votos do PT em São Paulo, nas eleições de 2026. Agora é João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, quem recebe a missão de também encarar as urnas no próximo ano, com o objetivo de ajudar o partido a conter seu encolhimento no Estado. O movimento ocorre em meio à dificuldade do PT em renovar seus quadros e manter a competitividade eleitoral na principal base econômica do País.
Os dois nomes têm em comum o fato de terem sido condenados e presos por envolvimento no escândalo do mensalão. Ambos receberam apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para voltar à cena política, quase vinte anos após o caso que abalou o partido. Lula aposta na experiência dessas figuras da velha-guarda, num momento em que o partido enfrenta desafios para manter influência no maior colégio eleitoral do País.
João Paulo Cunha, que presidiu a Câmara dos Deputados durante o primeiro governo Lula, ouviu diretamente do presidente o convite para retornar à política. “Ei João Paulo, trata de voltar para a política. Para de ganhar dinheiro como advogado em Brasília. Vem para a porta de fábrica fazer comício”, disse Lula durante um evento na semana passada, realizado em Osasco, cidade da Grande São Paulo que é reduto histórico do PT.
Após sua condenação no escândalo do mensalão, João Paulo se dedicou aos estudos jurídicos. Formou-se em Direito enquanto ainda cumpria pena e, anos depois, defendeu seu mestrado com a presença de nomes de destaque do meio jurídico. Entre os integrantes da banca estavam o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Paulo Gonet, atual procurador-geral da República. Hoje, atua como advogado, mas continua mantendo interlocução com lideranças políticas e circula com frequência nos bastidores do poder.
João Paulo Cunha é presença constante no Palácio do Planalto e conserva bom trânsito entre parlamentares no Congresso Nacional. Desde o ano passado, ele tem feito avaliações sobre o cenário político e advertido o governo sobre o crescimento da centro-direita no país. Sua eventual candidatura em 2026 faz parte de um esforço mais amplo do PT para ampliar sua representação e recuperar espaços perdidos, especialmente no Estado de São Paulo, onde a legenda tem enfrentado dificuldades nas últimas eleições. (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)
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