Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Home Tecnologia Começou a venda de passagens para a viagem espacial da Virgin: preço está em 450 mil dólares por pessoa

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A Virgin, empresa de turismo espacial criada pelo bilionário Richard Branson, abriu nesta semana a venda de passagens para seus voos até as fronteiras da Terra: cada assento na nave custará nada menos do que US$ 450 mil (cerca de R$ 2,3 milhões).

A empresa fez o primeiro voo em julho de 2021, com seu fundador Branson e outros cinco tripulantes a bordo. Até o momento, foram vendidos cerca de 700 assentos para pessoas que estavam em lista de espera. Até o fim do ano, a Virgin Galactic planeja chegar a mil ingressos vendidos.

Aproximadamente, 600 passagens foram compradas por gente muito ansiosa pelo voo especial: foram comercializadas entre 2005 e 2014, quando a empresa ainda testava e planejava a oferta do serviço. Na época, esses assentos foram reservados por US$ 200 mil – no pacote, além do voo, estão inclusos os valores referentes aos dias de treinamento.

Os passeios terão 90 minutos e vão partir do Novo México, nos EUA. Na viagem, a nave não chega a sair da órbita da Terra, pois se trata de um voo suborbital. Porém, são garantidos alguns minutos com ausência de gravidade e vista de cima da Terra. Tom Hanks, Angelina Jolie, Justin Bieber e Lady Gaga são alguns dos que já compraram seus ingressos para fazer uma visita ao espaço.

Viagem

No voo, a nave Unity é carregada por um avião chamado White Knight Two, mas, depois de atingir 40 mil pés de altitude (12 km), a Unity se desprende do avião e em 60 segundos quebra a barreira da velocidade do som. A SpaceShipTwo pode levar dois pilotos e até seis passageiros. A cabine possui 12 grandes janelas e nada menos do que 16 câmeras.

Quando o motor da Unity é acionado, leva a espaçonave para uma subida em velocidade supersônica a altitudes superiores a 80,5 mil metros. No topo do arco da trajetória, os passageiros flutuam por cerca de 4 minutos, antes de o avião espacial reentrar na atmosfera.

A expectativa é de que, depois de vender todos os ingressos, o lançamento do voo ocorra no fim deste ano. Além da Virgin, a Blue Origin, de Jeff Bezos, e a SpaceX, de Elon Musk, estão na disputa pelo turismo espacial.

Branson v. Bezos

As empresas espaciais de Branson e Bezos vêm trabalhando há anos para desenvolver espaçonaves capazes de levar clientes pagantes em viagens supersônicas até a borda do espaço, prometendo inaugurar uma era em que reservar um voo para ver a Terra do espaço é tão fácil como um jato através do Atlântico. (Deve-se notar que o SpaceX de Musk não está no jogo do turismo suborbital. Seus foguetes e espaçonaves levam muito mais tempo e caminhadas perigosas para a órbita da Terra.)

Ainda não chegamos lá. Mas os dois bilionários prometeram dar início a seus respectivos negócios de turismo espacial suborbital fazendo eles próprios os passeios, tanto como uma demonstração de sua confiança na segurança de seus veículos quanto em algumas relações públicas estratégicas.

Bezos, fundador da firma de foguetes Blue Origin, planejava se tornar a primeira pessoa a viajar ao espaço a bordo de uma espaçonave desenvolvida por sua própria empresa, prevendo um lançamento em 20 de julho de 2021. (A Blue Origin leiloou até mesmo um ingresso para viajar ao lado dele por incríveis US$ 28 milhões, embora o vencedor do leilão não tenha voado no final das contas.)

Então, Branson apareceu, anunciando dias depois que planejava embarcar no próximo vôo do avião espacial movido a foguete desenvolvido por sua empresa, Virgin Galactic, em 11 de julho – nove dias antes da missão de Bezos.

Isso desencadeou uma onda imediata de especulação de que – embora Branson tenha dito repetidamente em entrevistas que não vê sua competição com Bezos como uma “corrida” – havia uma rivalidade acirrada se formando nos bastidores.

Os voos de ambos os bilionários terminaram sem problemas aparentes, com os homens emergindo de suas respectivas espaçonaves equipados com trajes de voo personalizados e iluminando as câmeras. Para aumentar o espetáculo, os dois voos também transportaram alguns companheiros de tripulação notáveis ​​para os bilionários.

Bezos foi acompanhado por Wally Funk, de 82 anos, que ficou famoso por ter treinado para o programa Mercury da Nasa em 1961, mas nunca foi para o espaço, e por Oliver Daemen, então com 18 anos, filho de um rico empresário. A dupla se tornou a pessoa mais velha e a mais jovem, respectivamente, a viajar para o espaço. (O recorde de Funk foi superado pouco depois por William Shatner, de 90 anos.)

Branson levou consigo a executiva da Virgin Galactic, Sirisha Bandla, que se tornou a segunda mulher nascida na Índia a voar para o espaço e voltar.

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