Quarta-feira, 24 de Abril de 2024

Home Você viu? Como vulcões ativos colocaram uma ilha do Havaí no radar do turismo mundial

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Contemplar um vulcão ainda em atividade no meio do Oceano Pacífico pode ser o roteiro ideal para quem quer sentir a tal força da natureza, tão falada em tempos de pandemia. É assim que desde o avanço da vacinação contra a Covid-19 a rústica Big Island ou Island of Hawaii (Grande Ilha ou Ilha do Havaí, em português) vem ganhando destaque entre turistas aventureiros (ou não) de boa parte do mundo.

Big Island entrou no radar há cerca de quatro anos, quando uma grande erupção no vulcão Kilauea ganhou destaque nos noticiários. A visita ao local se tornou o principal ponto turístico da ilha, atraindo centenas de pessoas por dia em suas dezenas de trilhas e áreas de observação.

A ilha é a maior e a mais nova do arquipélago do Havaí por conta da atividade vulcânica. É também ainda menos disputada – ou mais exclusiva, dependendo do ponto de vista – que Oahu, onde está a capital Honolulu e palco do campeonato mundial de surfe, e Maui, destino de famosos e milionários.

A referência aos vulcões em Big Island está por toda a ilha. No passeio pelas estradas e nas trilhas para as praias, as rochas vulcânicas fazem parte do visual servindo de calçadas e decoração. No entorno do aeroporto, o visual preto da lava endurecida há milhares de anos faz o visitante se sentir num ambiente inóspito como nos filmes de ficção científica ambientados em Marte.

Por isso, a parada mais popular e ponto de partida é o Parque Nacional dos Vulcões do Havaí, com os dois vulcões mais ativos do mundo (o Kilauea e o Mauna Loa). O local é ainda Patrimônio Mundial da Unesco. São vários pontos de observação, e muitas empresas oferecem passeios guiados, tornando-se a opção muito mais segura e recomendada, já que os vulcões podem entrar em erupção a qualquer momento.

E não faltam opções de passeio pelos vulcões. Somente ao redor da cratera do Kilauea há hoje 11 opções de trilhas, de até seis horas de caminhada, e pontos de observação de tirar o fôlego. Na Kailani Tours, uma das empresas credenciadas pelo governo que oferecem visitas guiadas, o ponto central do passeio é a chamada Trilha da Devastação (ou Devastation Trail).

Apesar do nome, a trilha é para iniciantes, já que é uma antiga estrada asfaltada que foi destruída pela lava. Com apenas 15 minutos de caminhada, é possível estar num dos melhores locais de observação de todo o parque, já que é um dos únicos pontos onde é possível ver a lava vermelha e pulsante lá no fundo da cratera e observar a depressão causada no seu entorno com a força do vapor.

“O parque é enorme, e essa trilha é onde está o melhor ponto de observação”, diz Justin Habel, diretor da Kailani Tours Hawaii.  “Por conta da altura, o tempo muda abruptamente, com uma chuva intensa seguida de sol. Guarda-chuva e capas são ideais. Em poucos locais no mundo, é possível ver um vulcão em atividade com segurança.”

Ali bem perto da cratera, outra dica obrigatória, e ponto de parada da Kailani, é um tubo gigante de lava, a Thurston Lava Tube. Aproveite para fazer fotos no curto trecho aberto ao público, numa pequena caminhada. O visual e sensação são impressionantes – e aterrorizadores.

Mas também é possível adicionar um pouco de tranquilidade. A temperatura amena é propícia para a produção de vinhos. Por isso, o parque conta uma vinícola, a Volcano Winery Hawaii, onde é possível visitar as plantações de uva e degustar alguns rótulos, que misturam mel, macadâmia, chá preto e até jabuticaba.

Segundo Habel, o tamanho da ilha ainda está em crescimento, por conta das atividades vulcânicas constantes. No fim de dezembro de 2021, foi registrada uma nova erupção, fechando diversos trechos do parque.

Mas ele lembra que a ilha vai além dos vulcões. Um dos destaques são as cachoeiras, como a famosa Rainbow Falls, e praias de areia preta, presentes nos passeios guiados. Aos pés do vulcão, há uma das mais famosas de todo o arquipélago: a Punalu’u Black Sand Beach, um refúgio de tartarugas gigantes.

“As praias pretas são feitas a partir da lava dos vulcões. São diferentes do que se vê em outros locais do mundo, mas não temos as ondas, que são ideias para o surfe, como nas outras ilhas”, explica Habel.

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