Domingo, 28 de Abril de 2024

Home futebol Confederação Brasileira de Futebol e parceiros buscam afastar da política a camisa da Seleção Brasileira

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e alguns parceiros têm uma missão até o início da Copa do Mundo do Catar: afastar o simbolismo político da camisa da seleção. A mensagem passada em vídeos nas redes sociais e inserções na TV remete à volta da identidade da amarelinha, que ficou muito associada aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição.

“Todos podem se sentir bem com a camisa da seleção”, resumiu o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, após o vídeo da campanha ser exibido antes da convocação do técnico Tite.

No vídeo, há um rap com o refrão da música Tão Bem, de Lulu Santos, em uma referência à camisa da seleção brasileira. “Ela me faz tão bem, Ela me faz tão bem/Que eu também quero fazer isso por ela”, diz o trecho da canção de 1984, que fez parte do álbum Tudo Azul.

Nos bastidores, essa campanha ganhou ainda mais importância após o posicionamento de Neymar durante o período eleitoral. O fato de o principal jogador da seleção declarar apoio ao atual presidente gerou preocupação no comando da CBF, que queria seguir no caminho oposto.

Não existiu um pacto entre jogadores e comissão técnica para não falar de política por causa da Copa do Mundo, mas foi feita uma recomendação para que o assunto não fosse abordado publicamente. Além de Neymar, outros jogadores, como Daniel Alves E Thiago Silva, também declararam voto.

O lançamento da campanha pela CBF foi feita antes da convocação para ter um impacto maior. E ela não está sozinha nesta jornada.

A Kavak, parceira da CBF, também aproveitou o fim da eleição para lançar uma campanha na busca por dissociar futebol e política. O mote utilizado pela multinacional especializada na compra e venda de veículos seminovos foi: “Vire a chave. A paixão muda o jogo”, visando reacender o amor da torcida pela seleção.

No vídeo, há uma mistura entre o passado e o presente, com o intuito de mudar a perspectiva e conectar, novamente, o torcedor à seleção brasileira. O conteúdo está sendo divulgado nas redes sociais da empresa e também no intervalo comercial da TV aberta.

“Decidimos criar o ‘Vire a chave’ como uma menção positiva ao público: dentro ou fora do campo de futebol, a paixão sempre pode mudar o jogo. E a Kavak, como patrocinadora oficial, quer estar presente para apoiar o torcedor a aquecer a alegria de torcer pela própria seleção”, explicou Julieta Cano Williams, diretora global de branding da Kavak.

Em agosto, ao lado da Nike, a CBF já havia feito uma campanha para o lançamento da camisa que o Brasil usaria na Copa do Mundo com o primeiro aceno de se afastar da política. “É coletivo. Representa mais de 210 milhões de brasileiros”, dizia um dos trechos da mensagem publicada nas redes sociais.

Patrocinadora oficial da seleção desde 1994, a Brahma recorreu ao narrador Galvão Bueno para lembrar ao público do significado original da camisa da seleção e unir o Brasil para torcer para o time do técnico Tite no Catar.

Especialista em novos negócios do esporte e responsável pela intermediação dos contratos envolvendo a Kavak, Armênio Neto vê como importante essa tentativa da CBF e das marcas de se afastar do simbolismo político antes da Copa do Mundo.

“A camisa da seleção não tem partido. Pertence ao povo, e é com a paixão das pessoas que as marcas querem se conectar. Nesta época de Copa do Mundo, a valorização de uma ativação tem um peso maior junto ao público, as conexões aumentam, e a seleção brasileira, sua camisa e os produtos que os cercam são nobres. Por isso que CBF e patrocinadores têm seguido esse caminho”, afirmou Armênio Neto.

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