Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home em foco Críticas à filiação de Sergio Moro unem petistas e bolsonaristas

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A filiação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro ao Podemos provocou reações entre políticos que apoiam o governo e petistas da oposição. Os comentários começaram a ser publicados no Twitter durante o discurso de Moro na cerimônia de filiação.

Em sua conta no Twitter, o deputado federal Eduardo Bolsonaro relembrou a fala de Moro de que nunca seria candidato.

O deputado federal Alexandre Padilha (PT) também lembrou a promessa de Moro de não entrar no meio político. Além disso, Padilha ainda escreveu que “Moro usou a justiça para perseguir Lula. Criou Bolsonaro, ganhou um Ministério como prêmio. Agora tenta se colocar como diferente daquele que andou lado a lado”.

Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, chamou Moro de traíra em uma publicação no Twitter.

Já o deputado federal Paulo Pimenta (PT) criticou o fato de que a primeira agenda do ex-juiz após a filiação foi “com setores do sistema financeiro e ruralistas”.

O deputado federal Filipe Barros (PSL) afirmou que “quando Moro mais precisou, Bolsonaro comprou sua briga e o apoiou totalmente”. Na publicação, Barros divulgou uma foto de Moro ao lado de Bolsonaro em jogo do Flamengo. Na época, o ex-ministro era acusado de interferir nas investigações da Lava Jato.

Jair Bolsonaro e Sergio Moro foram aliados durante as eleições de 2018. O ex-juiz foi ministro da Justiça do atual Governo, mas deixou o cargo em abril de 2020, acusando o presidente de interferir politicamente na Polícia Federal.

Bolsonaro critica Moro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou o discurso de filiação de Sergio Moro ao Podemos e disse que o ex-juiz “não aprendeu” nada durante o período em que foi ministro da Justiça e Segurança Pública de seu governo.

Em conversa com apoiadores transmitida por um canal bolsonarista do Youtube, Bolsonaro ainda disse que Moro não “sabe o que é ser presidente”. Ao se filiar ao Podemos, o ex-juiz se colocou no cenário eleitoral, sendo considerado um potencial candidato à presidência em 2022.

“Vocês gostaram do discurso lido pelo cara ontem? O cara leu… Assisti porque foi meu ministro, né?”, disse Bolsonaro, afirmando que Moro “leu o discurso e tinha dois teleprompters do lado”.

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro ainda disse que faltam “nomes” para concorrer às eleições em todo o Brasil. “A gente não vê nome em São Paulo… O que esta na mesa é um self service”, disse.

“Para presidente também… Se sair fora, sobra o que na mesa? Não falo que sou bom, mas o que está na mesa é intragável”, completou.

Bolsonaro já havia feito críticas a Moro anteriormente, quando disse em entrevista à Rádio Jovem Pan do Paraná que o ex-ministro sempre teve um propósito político, mas agia de forma camuflada.

Moro largou a magistratura no fim de 2018 para integrar o governo Bolsonaro como ministro da Justiça e Segurança Pública, sendo que deixou o cargo em abril de 2020 acusando o presidente de tentativa de interferência na PF (Polícia Federal).

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