Segunda-feira, 20 de Maio de 2024

Home Rio Grande do Sul De Pablo Marçal a Eduardo Bolsonaro: quem o governo federal listou em pedido para investigar disseminação de fake news sobre a situação do RS

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A Secretaria de Comunicação Social da Presidência pediu que o Ministério da Justiça investigue a disseminação de fake news sobre a tragédia em curso no Rio Grande do Sul. O documento foi enviado ao ministro Ricardo Lewandowski.

Na peça, o ministro Paulo Pimenta menciona algumas informações falsas sobre o governo federal e lista influenciadores e políticos que seriam os responsáveis pelas publicações.

Um dos citados é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que chegou a postar em seu perfil no X (ex-Twitter) que o governo federal teria levado quatro dias para enviar reforços ao Estado, o que não é verdade.

Já o empresário bolsonarista Leandro Ruschel repercutiu no X a informação de que nove pessoas teriam morrido em uma UTI em Canoas, alegação posteriormente desmentida pelo prefeito Jairo Jorge (PSD). O texto do influenciador ainda estabelece uma relação entre o Rio Grande do Sul e o show da cantora Madonna no Rio de Janeiro.

O coach Pablo Marçal, por sua vez, alvo de operação da Polícia Federal no ano passado por suspeita de crime nas eleições de 2022, sustentou a falsa alegação de que o governo do Rio Grande do Sul estaria barrando a entrada de caminhões de doações. A afirmação foi rechaçada pela Secretaria da Fazenda do Estado. Marçal também chegou a afirmar que um empresário sozinho teria enviado mais helicópteros do que a Força Aérea Brasileira (FAB).

A lista do Planalto menciona ainda o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), por compartilhar as peças de desinformação publicadas por Marçal e reforçar a tese fraudulenta sobre as doações no estado.

Paulo Pimenta destaca preocupação com o impacto das fake news sobre a credibilidade de instituições como Exército, FAB, PRF e ministérios.

“A propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos”, escreveu.

Impacto

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou nessa quinta-feira (9) em entrevista à GloboNews na Base Aérea de Canoas, que notícias falsas sobre a tragédia das enchentes no Estado têm atrapalhado o trabalho de ajuda às vítimas.

“Já foram resgatadas mais de 60 mil pessoas por todas as forças, e aqui eu estou colocando todo mundo: não tem que ter diferença entre Exército, Marinha, Aeronáutica, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, os voluntários que estão trabalhando. Toda a ajuda é importante nesse momento, mas as fake news prejudicam o trabalho”, disse Paiva.

A catástrofe ambiental, provocada pelas chuvas que transbordaram rios, matou até o momento mais de 100 pessoas. Os governos federal, estadual e municipais montaram operações de resgate que seguem em curso.

“As pessoas que estão ajudando também têm famílias, muitas vezes também estão deslocadas, só que não podem ir pra casa. Estão dobrando três dias, quatro dias, às vezes não têm tempo pra tomar um banho. Estão fazendo de tudo pra gente fazer o mais importante que é resgatar vidas, salvar vidas. A fake news desmotiva, espalha inverdade. Mas não podemos nos desmotivar com isso. Temos que estar o tempo todo mostrando o que está acontecendo e mostrando a verdade”, declarou Paiva.

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