Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de setembro de 2023
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso à íntegra dos depoimentos prestados à Polícia Federal no inquérito das joias, entre eles o do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Os advogados alegam que o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, concedeu à defesa, no último dia 15, o acesso aos elementos de prova registrados no processo e que os depoimentos fariam parte desse conjunto de documentos.
“Nesse contexto, é indubitável que os termos de declarações de oitivas já realizadas constituem elementos já efetivamente documentados, tornando-se, assim, imperiosa a concessão de acesso imediato a esses documentos”, diz a peça da defesa capitaneada pelo advogado Paulo Amador da Cunha Bueno.
De acordo com a defesa, “diante do significativo progresso nas investigações, notadamente com a obtenção de depoimentos cruciais ocorridos nessa semana, requer-se a autorização para a atualização dos autos, permitindo o acesso integral aos termos de declarações relativos às oitivas realizadas em 31 de agosto de 2023”.
“Cid assumiu tudo”
O advogado Cezar Bitencourt, que defende o tenente-coronel Mauro Cid na Justiça, afirmou a jornalistas nessa sexta-feira (1º) que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) assumiu toda culpa pela venda das joias. A defesa do militar afirmou que Cid não acusou o ex-presidente de corrupção.
Bittencourt, que vem dividindo opiniões sobre a estratégia na defesa de Cid, encaminhou para jornalistas explicações sobre o longo depoimento do tenente-coronel à Polícia Federal.
“Estão colocando palavras que não têm no Cid. Acusações ao Bolsonaro que não existem. O Cid assumiu tudo. Não colocou Bolsonaro em nada. Não tem nenhuma acusação em corrupção, envolvimento, suspeito de Bolsonaro. A defesa não está jogando o Cid contra o Bolsonaro”, disse o advogado.
Bittencourt não disponibilizou a íntegra do depoimento formal ou outros elementos entregues pela defesa sobre a responsabilidade de Mauro Cid. Integrantes da PF se limitam a dizer que ele vem colaborando com as investigações.
“O que ele pegava era o dinheiro do presidente, os vencimentos dele e a aposentadoria, que dá em torno de R$ 70 mil. Esse era o dinheiro que o Cid pagava as contas dele [Bolsonaro].”
De acordo com a defesa, Cid fazia os pagamentos em dinheiro vivo porque seria uma preferência de Bolsonaro.
No Ar: Pampa Na Tarde