Sábado, 27 de Abril de 2024

Home Política Deputado bolsonarista associa mandante do assassinato de Marielle a Lula e gera confusão com governistas no plenário da Câmara

Compartilhe esta notícia:

Parlamentares da base do governo e de oposição tiveram um bate-boca no plenário da Câmara, na terça-feira (26), após o deputado bolsonarista Éder Mauro (PL-PA) ter exibido um cartaz com a imagem de Domingos Brazão, apontado como mandante do assassinato de Marielle Franco, o associando ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Deputados como Talíria Petrone e Tarcísio Motta (ambos do PSOL-RJ) tiveram uma áspera discussão com o bolsonarista, que teve o seu cartaz rasgado ao deixar o púlpito e voltar para o plenário. Deputados de outras legendas afastaram os colegas que estavam em embate. Diante da confusão, o parlamentar Gilberto Nascimento (PSD-SP) que presidia a sessão encerrou os trabalhos. Em sua fala, Éder Mauro disse que Brazão é ligado a Lula.

“Quem mandou matar Marielle era sim ligado a presidente. Acho que estou vendo uma camisa escrito Dilma 13. Diante desses fatos, quero saber onde os comunistas vao enfiar a língua deles. Está aqui, comunistas, quem mandou matar Marielle, o que vocês vão fazer agora? Vocês vão ter que arrumar outro defunto para atribuir a Bolsonaro, porque esse defunto é de vocês”, disse o parlamentar.

Anteriormente, Talíria discutiu com a deputada Julia Zanatta (PL-SC) durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que pretendia decidir sobre a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (União-RJ). Julia Zanatta (PL-SC) afirmou que os governistas “deveriam pedir desculpas à família Bolsonaro por associações indevidas sobre o assassinato de Marielle Franco nos últimos anos”. A deputada também recomendou aos parlamentares do PSOL que “parassem de capitalizar em cima do corpo de Marielle”.

Amiga pessoal da vereadora assassinada, Talíria reagiu e disse que a deputada bolsonarista deveria “lavar a boca” antes de citar Marielle, além de chamar Zanatta de “fascista”. A deputada desafiou Talíria a calar a sua boca. Os microfones precisaram ser cortados.

Integrantes do partido Novo e do Republicanos na CCJ pediram vista do relatório que recomendou a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (União-RJ). Com isso, Brazão conseguiu tempo para que os parlamentares possam analisar o texto de Darci de Mattos (PSD-SC).

O pedido de vista é válido por duas sessões, contadas a partir desta quarta-feira (27), o que impede o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), de levar ainda nesta semana a votação a plenário. O argumento para o pedido de vista foi de que o texto foi protocolado pouco antes do início da sessão, o que impediu um estudo mais aprofundado das acusações e do relatório da Polícia Federal que subsidiou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Autor do pedido de vista, o deputado Gilson Marques (Novo-SC) disse que os deputados da base estavam “com pressa” para resolver a questão, o que gerou um embate com parlamentares do PSOL. Deputados do partido pelo qual Marielle se elegeu lembraram que familiares e amigos dela esperaram por seis anos por uma resolução do caso.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Grupo gremista retoma os treinos, agora focado nas finais do Gauchão
Venezuela: Maduro classifica partido de líder da oposição na Venezuela como “terrorista”
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Madrugada