Domingo, 08 de Setembro de 2024

Home Brasil Digitais, odontologia e exame genético: entenda protocolo internacional para identificar 62 mortos em acidente aéreo de Vinhedo

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Impressão digital, odontologia ou exame genético serão as três metodologias principais utilizadas para identificação dos corpos dos 62 mortos no acidente aéreo que ocorreu em Vinhedo (SP) na sexta-feira (9). Conforme o perito criminal federal e diretor do Instituto Nacional de Criminalística (INC), Carlos Palhares, será seguido um protocolo internacional neste procedimento e todos os corpos serão removidos para o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo (SP).

Entenda passo a passo como vai funcionar esse trabalho de identificação, que vai envolver peritos da Polícia Federal e da Superintendência da Polícia Técnico-Científica de São Paulo. De acordo com Palhares, a atividade pericial é dividida em dois grupos: um grupo que trabalha para a identificação dos corpos e outro que trabalha para a investigação do acidente aeronáutico para fins criminais, para entender se houve negligência, imprudência e imperícia.

Conforme o perito criminal, a equipe utiliza uma veste de proteção biológica.

“Os corpos estão numa situação especial para que nós façamos a remoção. Houve fogo, todos viram nas imagens que houve incêndio na aeronave. Isso demanda da polícia uma atividade um pouco mais cuidadosa para a remoção”.

Segundo Palhares, esse trabalho recebe apoio do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Ele explica que a atividade de identificação é dividida em etapas.

“Aqui, tem uma etapa de lidar com os corpos. A gente retira os corpos com todo cuidado, utilizando aquelas vestes, com metodologias e sistemática especial. Esses corpos são levados para IML [Instituto Médico Legal], tem uma abordagem com os familiares e, depois, é feita a comparação desses dados. E aí, sim, os corpos são trazidos para os familiares”.

Ele detalhou a etapa de acolhimento dos familiares das vítimas. “Essa atividade está sendo feita pela SPTC [Superintendência de Polícia Técnico-Científica], com o apoio da VoePass. Foi montada um local adequado para receber os familiares, com apoio psicológico, com todo o suporte necessário para que as pessoas que estão vivendo talvez o pior momento da vida delas possam ser tratadas com dignidade e com respeito”.

De acordo com o diretor do INC, são três metodologias principais: impressão digital, odontologia ou exame genético. No entanto, também há uma quarta possibilidade:

“Podemos, também, fazer entrega por exame antropológico, caso o passageiro tenha placas ortopédicas, ou alguma característica médica especial, e o familiar também nos comunique”.

Palhares explica que a identificação por impressão digital é a mais rápida, quando é possível. Já a por odontologia depende de etapas como localizar o dentista da vítima e colher informações com ele, para iniciar o trabalho de comparação com o material colhido. Já a identificação por exame genético depende de coleta de material biológico de familiares das vítimas, preferencialmente pais e avós. “É um exame mais demorado”, observou.

 

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