Quinta-feira, 06 de Fevereiro de 2025

Home Notícias Dilma Rousseff adia cerimônia de posse no Banco dos Brics

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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) assumirá formalmente o comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o chamado Banco dos Brics nesta semana. A cerimônia formal de sua posse, no entanto, será realizada quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva remarcar sua viagem para a China.

Dilma foi indicada pelo governo brasileiro e foi oficializada nesta semana como presidente da instituição. O banco foi criado em 2014 como instituição financeira de fomento ao desenvolvimento, tendo liderança do bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, os “Brics”.

Anteriormente, a posse de Dilma ocorreria paralelamente à ida da comitiva brasileira chefiada por Lula à China, para encontro com o presidente chinês, Xi Jinping. O governo brasileiro teve de cancelar a viagem por conta de um quadro de pneumonia em Lula, e uma nova data está sendo discutida. Na agenda anterior, estava prevista a ida de Lula a Xangai para visitar o NDB e comparecer à posse de Dilma.

Integrantes do governo e empresários do agronegócio brasileiro sugeriram que Lula viaje em maio, para aproveitar uma feira de alimentação local, a SIAL, que costuma ter a presença de Xi Jinping.

O chefe do Executivo poderia emendar a visita de Estado à China com a ida à cúpula do G7, no Japão. Mas diplomatas avaliam potenciais sensibilidades chinesas e a disponibilidade na agenda do presidente do país.

A viagem de Dilma para Xangai foi confirmada por diplomatas, assessores da ex-presidente e integrantes do governo Lula. O embaixador do Brasil em Pequim, Marcos Galvão, irá recepcioná-la e auxiliar nos trâmites iniciais. Ela começa a trabalhar imediatamente.

Troca no comando

O banco do Brics acelerou os processos internos e elegeu por unanimidade, na última sexta-feira (24), Dilma como nova presidente. A ideia era coincidir a posse com a passagem da delegação presidencial pela China.

Até então, o presidente do banco dos Brics era o diplomata e economista Marcos Troyjo, indicado pelo governo Jair Bolsonaro com aval do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Troyjo deixou o cargo na semana passada para abrir caminho para a mudança, em comum acordo com o governo Lula, por divergências de posições.

Dilma passará a morar e a despachar no novo e moderno edifício construído para abrigar o NDB, inaugurado em 2021. A cidade é um centro financeiro global. Ela trabalhará num gabinete com vista para a metrópole, maior cidade chinesa, e receberá remuneração no mesmo patamar de outros bancos multilaterais, conforme executivos da instituição.

À frente do NDB, Dilma terá como missão mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos Brics e em outras economias emergentes e países em desenvolvimento. No total, o Brasil já recebeu mais de US$ 5 bilhões do NBD desde sua fundação.

A China lidera esse ranking com mais de US$ 8 bilhões. Segundo um interlocutor da ex-presidente, a indicação de Dilma para presidir o banco seria também uma forma de reaproximar o Brasil da China, já que Dilma mantém boas relações com o presidente chinês Xi Jinping, que já estava no poder durante seu mandato.

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