Sexta-feira, 06 de Junho de 2025

Home Economia Dólar cai e fecha pregão valendo 5 reais e 20 centavos; taxa do juro básico no Brasil foi mantida em 13,75%

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O dólar fechou em baixa nesta quarta-feira (7). A moeda norte-americana encerrou o dia em baixa de 1,21%, vendida a R$ 5,2047. Com o resultado, a divisa passou a acumular alta de 0,06% no mês, e queda de 6,64% no ano frente ao real. Na semana, tem queda de 0,20%.

Mercados

Na agenda interna, os investidores aguardavam, durante o dia, pela definição da nova taxa Selic (básica de juros) pelo Copom. As expectativas do mercado de manutenção dos juros no patamar de 13,75% ao ano, se confirmaram na noite dessa quarta.

O mercado também passou o dia à espera de decisões sobre o orçamento: no Senado, o plenário aprovou, em primeiro turno a PEC da Transição; já no STF os ministros começaram a julgar ações que contestam o orçamento secreto.

No cenário internacional, a principal divulgação do dia veio da Europa. Na zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre foi revisado para cima, segundo a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia.

O crescimento econômico no bloco foi de 0,3% entre julho e setembro em relação ao trimestre imediatamente anterior, ante alta de 0,2% registrada anteriormente. Na comparação anual, o crescimento foi revisado de 2,1% para 2,3%.

Juros básicos

Em 2022, a Selic começou a 9,25%, conforme estabelecido em dezembro de 2021. Ou seja, durante o ano, houve aumento de 4,5 pontos.

“O Comitê entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva”, falou o Copom, em nota. A atual taxa é a maior desde o reajuste estabelecido de dezembro de 2016 até 11 de janeiro de 2017, quando também estava em 13,75%.

A última vez em que a Selic teve um valor mais alto do que esse foi no ciclo de 19 de outubro de 2016 até 30 de novembro de 2016, quando o índice foi a 14% ao ano.

Em suas justificativas, o Copom alertou para “ambiente externo mantém-se adverso e volátil” e a elevada inflação nos preços para o consumidor. “Em relação à atividade econômica brasileira, a divulgação do PIB [Produto Interno Bruto] apontou ritmo de crescimento mais moderado no terceiro trimestre”, diz a nota.

Para o próximo ano, o comitê disse que ficará “vigilante” se a estratégia de manter a taxa nesse nível será “capaz” de segurar a inflação no País.

O ciclo da Selic voltou à discussão diante dos planos de aumento de gastos do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode afetar a inflação futura devido ao estímulo ao consumo e também pelo canal de deterioração de ativos, como o dólar. Na curva de juros, há precificação de novos aumentos de juros, enquanto no Boletim Focus o mercado aposta majoritariamente, por enquanto, no adiamento dos cortes, com uma taxa terminal mais alta no fim do ano que vem.

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