Domingo, 03 de Novembro de 2024

Home Brasil É impossível controlar baleias, diz advogado de Bolsonaro sobre caso de suposta importunação de baleias

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O advogado Daniel Tesser, que acompanhou o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro à Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (27), afirmou que o ex-presidente explicou toda a situação de uma suposta importunação a uma baleia jubarte, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo.

“Você não consegue controlar um animal daquele tamanho que surge e emerge da água”, mas a partir do momento que avistou a baleia “o presidente tomou todas as precauções”, disse durante a saída da sede da PF em São Paulo.

Tesser disse também que Bolsonaro “nem sabia que tinha essa proibição”, mas que tomou “todos os cuidados necessários”. Durante a fala, o advogado ressaltou que tudo foi esclarecido durante o depoimento e que, em sua visão, não houve importunação. Afirmou ainda que o ex-presidente confirmou à PF que ele é o homem que aparece a 15 metros de distância de uma baleia em um vídeo que circula nas redes sociais.

A lei brasileira prevê pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa, para a pesca ou “qualquer forma de molestamento intencional” de toda espécie de cetáceo no País. Portaria do Ibama que regulamenta essa legislação proíbe a aproximação com o motor engrenado a menos de 100 metros de qualquer baleia.

Advogado e assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten chamou de “vergonhosa” a necessidade dele também precisar prestar depoimento sobre a suposta importunação da baleia. Ele afirmou que estava distante da moto aquática que o ex-presidente pilotava pois estava ajudando um barco cujo motor havia aspirado areia.

“É mais um ato, mais uma provocação por meramente eu estar ao lado do presidente Bolsonaro na sua defesa”, afirmou Wajngarten. Ele foi representado pelo advogado Eduardo Kuntz, que argumenta que o inquérito sequer deveria ter sido aberto e, com os esclarecimentos feitos, deve ser relatado e encerrado sem acusações.

Os depoimentos de Bolsonaro e Wajngarten estavam marcados inicialmente para o dia 7 de fevereiro em São Sebastião. As oitivas foram adiadas após o ex-presidente convocar uma manifestação com apoiadores na cidade.

No ano passado, o ex-presidente chamou o inquérito de “maldade” contra ele e chamou o então ministro da Justiça e atual ministro do Supremo, Flávio Dino, de “baleia”. “Todo dia tem uma maldade em cima de mim. A de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no Ministério”, declarou Bolsonaro à época.

 

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