Quarta-feira, 21 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 20 de maio de 2025
Ter filhos inteligentes é um desejo de todo pai ou mãe. E, para isso, muitas famílias acabam investindo, desde o nascimento do bebê, nas mais variadas atividades e estímulos que possam fazer da criança um pequeno gênio. Mas será que isso é mesmo efetivo? É possível tornar alguém mais inteligente?
Em parte, sim. Definida como a nossa capacidade de enfrentar situações novas, se adaptar e modificar o mundo em que vivemos, a inteligência é um potencial inato (ou seja, todos nós nascemos inteligentes). Mas são necessários estímulos para que ela se desenvolva da melhor maneira possível, e isso vai ser determinante para definir o grau de capacidade cognitiva que a pessoa irá alcançar.
Isso significa que, por mais que cada um tenha alguns limites estabelecidos geneticamente, os estímulos certos dados na hora certa farão toda a diferença.
E isso deve começar antes mesmo da criança ser concebida, lá na saúde da futura mãe que ainda nem engravidou.
Os “primeiros mil dias”
Durante a gestação, há outros cuidados que podem contribuir para o bom desenvolvimento cognitivo da criança: Nutrição adequada, rotina de sono e exercícios físicos, ganho de peso adequado, evitar a exposição ao álcool, ao tabaco e a substâncias ilícitas. Esses fatores podem garantir um QI de 20% a 30% maior para os filhos, de acordo com pesquisas.
Há uma dica que pode parecer batida mas que, pelo menos até os seis meses de vida, é fundamental: o aleitamento materno. Com a amamentação, o bebê recebe nutrientes necessários para o desenvolvimento cerebral (como ômega 3) e, principalmente, permite o vínculo com a mãe, imprescindível para a formação cognitiva.
A explicação está na intensa formação de sinapses do cérebro durante esse período: quando nascemos, fazemos cerca de 2,5 mil sinapses (área em que um neurônio se comunica com o outro para transmitir impulsos nervosos). Aos três anos de vida, esse número está em aproximadamente 1 quatrilhão.
Até os dois anos, as crianças estão em uma fase sensorial. Então, é importante expô-las a cores, cheiros, sons, texturas, temperaturas diferentes. Nessa fase inicia-se também o desenvolvimento de habilidades interpessoais e de linguagem, que vão auxiliar o processo do aprendizado acadêmico anos mais tarde.
Atividades extras
Do berçário ao ensino médio, apostar em atividades além da escola é a forma que muitos pais encontram para desenvolver habilidades e estimular a inteligência dos filhos. A oferta de cursos é ampla: idiomas, música, esportes, robótica, programação, entre tantos outros.
A maioria das atividades vai proporcionar ganhos, desde que a criança goste do que está fazendo e possa sempre equilibrar com períodos de descanso e brincadeiras livres (mas o excesso de estímulos também atrapalha). Esses ganhos, porém, não necessariamente se referem à inteligência, e sim a habilidades que podem ser úteis posteriormente na vida de adulto.
Quando o assunto é ganhar inteligência, a música é a campeã de indicações entre os especialistas.
As atividades físicas (sejam dança ou esportes coletivos e individuais) também entram para a lista de recomendações. Além do óbvio ganho para a saúde, elas auxiliam o desenvolvimento motor e a percepção corporal, a concentração e as relações interpessoais, além de estimular o trabalho em equipe e contribuir para a construção da autoestima.
Mas se você é pai ou mãe e quer oferecer as melhores oportunidades para o seu filho se desenvolver, saiba que a chave para isso está bem perto: no amor.
No Ar: Pampa Na Madrugada