Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 14 de junho de 2022
Após abrir mão da candidatura ao Palácio do Planalto e ser barrado em São Paulo, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz da Operação Lava-Jato Sérgio Moro (União Brasil) informou, nesta terça-feira (14), que não ainda decidiu se será candidato nas eleições deste ano e, neste momento, vai percorrer o Paraná.
“Há muitos questionamentos se eu vou ser candidato a deputado, senador, governador. Meu objetivo é circular o Paraná, me reconectar com o povo paranaense, e essa decisão [sobre seu futuro político] vai ser tomada adiante juntamente com União Brasil, com o nacional e local. E, acima de tudo, quem vai decidir isso é a população”, disse Moro.
No início deste mês, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) suspendeu a transferência de domicílio eleitoral do ex-ministro para a capital paulista. O julgamento ocorreu no último dia 7 e foram quatro votos contra Moro e dois a favor.
Após ter sua eventual candidatura à Presidência da República desidratada, o ex-juiz da Lava-Jato pretendia disputar uma vaga ao Senado por São Paulo. Com a decisão do TRE-SP, Moro ficou impedido e não entrou com recurso. Lideranças da União Brasil avaliam a eventual candidatura do ex-ministro pelo Paraná.
Durante o pronunciamento, o pré-candidato ao Palácio do Planalto pela União Brasil, Luciano Bivar, contou sobre a ligação que recebeu de Moro após a decisão do TRE-SP que barrou a candidatura do ex-juiz por São Paulo. “[Ele me disse] que isso não me abate. Pelo contrário, de coração, parece que era isso que eu queria”, disse.
A intenção de Moro de disputar o Senado pelo Paraná esbarra na pré-candidatura de antigos aliados, como o senador Álvaro Dias (Podemos), que também pleiteia a vaga e foi um dos padrinhos de sua candidatura ao Palácio do Planalto. O atual partido do ex-juiz deve apoiar a reeleição de Ratinho Junior (PSD), que tem demonstrado apoio a Paulo Martins (PL), aliado do presidente Bolsonaro, para a vaga no Senado.
Sérgio Moro foi o principal nome da Operação Lava-Lato, que teve a primeira ação deflagrada em 2014 em um posto de combustíveis em Brasília, para desmembrar um esquema de lavagem de dinheiro. Como juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, ele julgou políticos, empresários e doleiros acusados de envolvimento no esquema.
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