Sexta-feira, 03 de Maio de 2024

Home em foco Em cerimônia com Lula, comandante reafirma compromisso do Exército na defesa dos “mais caros ideais democráticos”

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O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou nessa sexta-feira (19), que a Força “reafirma o eterno compromisso” com o país para defesa “dos mais caros ideais democráticos”.

Paiva deu a declaração durante cerimônia do Dia do Exército, em Brasília, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“No dia de hoje, ao completar 376 anos de glórias, a Força Terrestre reafirma o eterno compromisso com a Nação brasileira em defesa da Pátria e dos mais caros ideais democráticos, mesmo com o sacrifício da própria vida”, disse o general, que acrescentou.

“Integramos uma Instituição de Estado, alicerçada na hierarquia e na disciplina, que se mantém coesa pelo culto a valores imutáveis”.

Militares da reserva e ativa são alvos de investigações e processos em razão dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Desde que assumiu o Exército, no ano passado, Paiva adota discurso de respeito ao resultado das eleições e de saída dos militares da política, na contramão do que ocorreu no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Paiva também defendeu “previsibilidade orçamentária” para fortalecer projetos da base industrial de Defesa do País “e aumentar a capacidade de dissuasão em um mundo multipolar, no qual os conflitos bélicos são uma realidade”.

Atualmente, o Brasil não tem participação direta em conflitos armados. As guerras em cursos de maior repercussão ocorrem na Ucrânia (Ucrânia x Rússia) e na Faixa de Gaza (Israel x Hamas).

O ministro da Defesa, José Múcio, reforçou nesta semana, na Câmara dos Deputados, o pedido de reforço no orçamento das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Em março, a fim de adequar o orçamento à regra fiscal, o governo federal bloqueou recursos R$ 2,9 bilhões.

O Ministério da Defesa teve R$ 446 bilhões bloqueados na ocasião. O dinheiro foi segurado para cumprir limites de gastos do arcabouço fiscal.

Evento

A presença de Lula no evento dessa sexta foi mais uma tentativa de se reaproximar das Forças Armadas após os conflitos causados pelos ataques do 8 de Janeiro.

Pouco mais de um ano atrás, o QG do Exército foi ocupado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que clamavam por um golpe contra a posse do petista.

O aceno mais recente do presidente Lula aos militares ocorreu ao vetar eventos relacionados ao aniversário de 60 anos do golpe militar de 1964. Na data que marcava o início da ditadura militar, houve apenas menções discretas por parte de ministros do Estado e líderes petistas.

O governo federal instruiu os ministérios a evitarem críticas e eventos em memória dessa data, visando promover uma distensão nas relações com as Forças Armadas. A orientação recebeu críticas de especialistas, familiares de vítimas da ditadura, militantes e até mesmo de petistas.

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