Quinta-feira, 18 de Abril de 2024

Home em foco Entenda a manobra que permitiu pouso de aviões durante tempestade em Londres

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Durante a manhã da última sexta-feira (18), Londres ficou sob alerta vermelho em decorrência da passagem da tempestade Eunice. Imagens do aeroporto de Heathrow em que pilotos pousavam aparentemente com dificuldade chamavam a atenção. Em repetidos pousos, os pilotos faziam uma aterrissagem diferente da que normalmente se vê.

Em vez de descer alinhadas à pista, as aeronaves se aproximam de lado até o último momento. Esse movimento é conhecido como “pouso-caranguejo” ou também “crab approach” (em inglês). Só no último momento elas voltam a se alinhar à pista e tocam o solo.

O pouso-caranguejo acontece sob ventos fortes. Esses ventos , principalmente quando não estão alinhados com a direção da pista, aumentam a complexidade da aterrissagem. No caso da tempestade Eunice, os ventos passavam pelo local como rajadas, o que torna mais difícil o pouso.

Os ventos fazem com que a aeronave não consiga se alinhar perfeitamente com a pista de pouso. É comum haver arremetidas (quando o pouso é interrompido) em situações assim.

Para contornar o problema é que foi criado o método do “pouso-caranguejo”, em que o nariz do avião é deslocado para a direção de onde o vento está vindo. Isso faz com que a aeronave se desloque ligeiramente de lado em direção à pista de pouso.

Segundo especialistas, a técnica facilita a manobra do piloto para pousar.

Eunice

O serviço meteorológico do Reino Unido emitiu um raro alerta vermelho no dia 18 por conta dos “ventos extremamente fortes” provocados pela tempestade Eunice.

Na capital britânica, onde os ventos chegaram aos 130 km/h, vários parques foram fechados e a famosa roda gigante London Eye parou de receber visitantes.

Segundo o Met Office, o fenômeno pode “causar distúrbios significativos”, com ventos que podem chegar aos 145 km/h. Ao menos uma morte foi confirmada em decorrência da tempestade.

Europa

A tempestade também atingiu a Irlanda na sexta-feira (18) antes de se deslocar para o norte do continente europeu, deixando seis mortos e grandes interrupções no transporte.

Centenas de voos, trens e balsas foram canceladas no noroeste da Europa devido aos fortes ventos de mais de 195 km/h, que bateram recordes no sul da Inglaterra, menos de 48 horas depois que a tempestade Dudley deixou pelo menos cinco mortos no continente.

Um homem de 60 anos morreu no sudeste da República da Irlanda ao ser atingido pela queda de uma árvore, informou a polícia.

Duas pessoas — uma delas em um carro — morreram devido à queda de árvores na Holanda, de acordo com os serviços de emergência locais, que elevaram seu nível de alerta ao máximo.

Em Londres, uma mulher de 30 anos foi morta por uma árvore que caiu em seu carro. Perto de Liverpool, um homem de 50 anos morreu após seu veículo ser atingido por destroços, segundo a polícia britânica.

Na costa sul da Inglaterra, a tempestade levantou uma onda violenta. Em Londres, as ruas ficaram quase desertas.

Mais de 70 mil casas ficaram sem eletricidade na Inglaterra e cerca de 80 mil na vizinha Irlanda. As autoridades alertaram para a possibilidade de inundações graves e um “risco particularmente alto” de acidentes nas rodovias. Várias escolas permaneceram fechadas.

Cerca de 130 mil residências ficaram sem energia na tarde de sexta-feira no norte da França, afirmou a rede elétrica Enedis em comunicado.

Depois de atingir o Reino Unido, a tempestade se dirigiu para a Dinamarca, onde a ponte Storebaelt, uma das mais longas do mundo, permaneceu fechada durante a maior parte da noite.

Com ondas de 4 metros na costa atlântica, a França pôs cinco departamentos em alerta laranja e a operadora ferroviária do país anunciou interrupções em linhas regionais.

Na Holanda, o serviço meteorológico emitiu um alerta vermelho e centenas de voos foram cancelados, segundo a mídia local. Os trens tiveram que permanecer parados à tarde.

O tráfego ferroviário também foi interrompido no norte da Alemanha e na Bélgica, onde o vento, de até 140 km/h, desprendeu uma parte do telhado do estádio de futebol de Ghent, fazendo com que um jogo da primeira divisão marcado para a noite de sexta-feira fosse adiado.

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