Terça-feira, 15 de Julho de 2025

Home Porto Alegre Equipes que atuam em abrigos passam a contar com rede wi-fi

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Em parceria com a prefeitura de Porto Alegre e a Procempa, as empresas de telecomunicação Claro, Oi e Q13 estão instalando rede wi-fi em abrigos de Porto Alegre que integram a rede de apoio a pessoas resgatadas da enchente.

O objetivo é qualificar a infraestrutura de trabalho, possibilitando conectividade para as equipes que atuam nestes locais. A Procempa foi a responsável por viabilizar a parceria.

Apoio psicológico

Pessoas que estão nos abrigos da cidade em razão das cheias contam com acompanhamento de profissionais da área de saúde mental. São psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais que atuam fazendo a escuta atenta de quem perdeu tudo e precisa recuperar as forças para reconstruir a vida.

“A vivência de um desastre desorganiza de forma profunda o tecido social e provoca reações esperadas diante da situação, como medo, ansiedade, perda de apetite, transtorno de sono, irritabilidade e raiva, por exemplo”, explica a coordenadora da área na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), psicóloga Marta Fradique. A metodologia utilizada pelas equipes procura acolher as angústias, a fim de minimizar os efeitos potencialmente traumáticos da experiência.

“Estamos usando a abordagem dos primeiros cuidados psicológicos, dirigida a grupos que enfrentam situações como esta, é uma forma de amenizar o sofrimento”, diz a terapeuta ocupacional Andressa Zanin, coordenadora da Equipe de Saúde Mental Adulto da Região Norte da Capital e que atende no Vida Centro Humanístico.

Abrigos maiores, como o Vida, possuem uma equipe de saúde mental fixa que trabalha junto aos profissionais da unidade de saúde e voluntários. Soma-se a isso o reforço de equipes multidisciplinares para atender demandas espontâneas, incluindo também enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e sanitaristas.

A ideia é somar esforços para auxiliar no suporte psicológico nos abrigos, alinhados às estratégias de saúde da Força Nacional do SUS. “Nosso objetivo é a prevenção do agravamento de transtornos psiquiátricos”, afirma Andressa. Nos casos de urgência ou emergência, os pacientes são encaminhados para os serviços especializados.

Marcia Beatriz Leal, 50 anos, está entre os abrigados do Vida Centro Humanístico. Ela cuida da mãe com Alzheimer e do filho Pietro, de 7 anos, que é autista.

“Conversar com um profissional como o psicólogo, botar para fora as angústias, alivia um pouco a dor”, conta Marcia, que sofre de ansiedade e depressão, seguindo tratamento com medicações. Quando a água baixar, o objetivo é juntar as forças e tentar reconstruir a vida.

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