Sábado, 14 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 9 de janeiro de 2022
O Irã enfrentará graves consequências caso ataque americanos, disse a Casa Branca neste domingo (9), incluindo qualquer um dos que foram sancionados por Teerã pela morte do general Qassem Soleimani em 2020, após um ataque de drones. O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que as sanções do Irã no sábado (8) foram realizadas ao mesmo tempo em que as milícias de Teerã atacam tropas americanas no Oriente Médio.
“Trabalharemos junto aos nossos aliados e parceiros para deter e responder a qualquer ataque realizado pelo Irã”, disse Sullivan em um comunicado. “Se o Irã atacar qualquer um de nossos cidadãos, incluindo qualquer uma das 52 pessoas sancionadas ontem, enfrentará graves consequências.”
No sábado, o Irã impôs sanções a dezenas de americanos, muitos deles do exército dos EUA, pelo assassinato de Soleimani em 2020.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã disse que 51 americanos foram implicados em “terrorismo” e violações dos direitos humanos. A medida permite que as autoridades iranianas apreendam quaisquer ativos que eles possuam no Irã, mas a aparente ausência de tais ativos significa que provavelmente a punição foi simbólica.
Não ficou claro por que a declaração de Sullivan se referia a 52 pessoas, enquanto Teerã disse ter sancionado 51.
Rússia x EUA
“Não aceitaremos nenhuma concessão. Isso está completamente excluído”, disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Riabkov, citado por agências de notícias russas.
“Estamos decepcionados com os sinais que vêm de Washington nos últimos dias, mas também de Bruxelas”, acrescentou o governante, que deve participar das negociações.
Delegações dos Estados Unidos e da Rússia iniciam em Genebra dois dias de reuniões para debater as questões da Ucrânia e do controle de armamento nuclear.
As negociações bilaterais decorrem no âmbito do diálogo estratégico de segurança lançado pelos presidentes norte-americano, Joe Biden, e russo, Vladimir Putin, na Cúpula de Genebra, em junho.
Embora o diálogo se destine principalmente à renegociação dos tratados de controle de armamento nuclear do pós-Guerra Fria, as conversas também incluem a situação na fronteira russo-ucraniana, onde Moscou diz ter realizado manobras com dezenas de milhares de soldados.
As delegações dos dois países são lideradas, respectivamente, pela secretária de Estado adjunta dos EUA, Wendy Sherman, e pelo homólogo russo, Sergei Riabkov.
A tensão entre a Rússia e a Ucrânia vai continuar a marcar a agenda dos próximos dias: nesta segunda-feira (10), o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, reúne-se com o chefe da diplomacia da Ucrânia, Dmytro Kuleba, antes de um encontro da Comissão Ucrânia-Aliança Atlântica. Para terça-feira (11) está prevista uma reunião Rússia-Otan.
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