Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

Home em foco Estados Unidos começaram a deportar venezuelanos para a Colômbia

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Os Estados Unidos começaram a deportar para a Colômbia, venezuelanos que viviam no país antes de tentarem cruzar ilegalmente para o território norte-americano. Os primeiros deportados foram dois imigrantes venezuelanos que estavam sob custódia e que residiam anteriormente na Colômbia.

Eles foram deportados em 27 de janeiro, confirmou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS, na sigla em inglês) em um comunicado.

O DHS especificou que a deportação ocorreu com base no Título 42, uma política estabelecida pela Administração Donald Trump (2017-2021) e mantida pela de Joe Biden, que permite que os migrantes sejam rapidamente expulsos devido à pandemia de covid.

No comunicado, o governo dos EUA afirma que os voos com venezuelanos que anteriormente residiam na Colômbia devem ser realizados “de forma regular”, operados pelo Serviço de Fiscalização de Imigração e Alfândega (ICE, em inglês).

A agência “está comprometida em garantir que cada migrante encontrado seja tratado de maneira segura, ordenada e humana”, afirma o comunicado.

A nota lembra que o DHS expulsou outros imigrantes para outros países da região onde residiam anteriormente, como Guatemala, Honduras, El Salvador ou Brasil.

Sem acordo

O governo colombiano, por meio do Escritório de Migração, confirmou a chegada dos cidadãos venezuelanos expulsos em 27 de janeiro.

“Esses estrangeiros, que chegaram com a documentação em ordem, deixaram o território nacional em direção ao México e depois cruzaram irregularmente para os EUA”, disse um porta-voz da Migração Colômbia.

Em seu comunicado, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos destacou que a decisão de deportar venezuelanos para o território colombiano foi tomada após “conversar com a Colômbia”.

A imprensa colombiana informou que em dezembro ambos os governos se reuniram para explorar essa possibilidade, mas que a chanceler colombiana e vice-presidente, Marta Lucía Ramírez, alegou na terça-feira (1) que não houve acordo sobre o assunto com os EUA.

“Não assinamos nenhum acordo com os EUA para receber 6 mil venezuelanos deportados, como indicam alguns meios de comunicação”, disse ela à rede Blu Radio.

“Os EUA levantaram a possibilidade de que alguns venezuelanos, que chegaram irregularmente junto com colombianos, serão deportados. Se são colombianos, que sejam deportados. Se são venezuelanos, que fazem parte do Estatuto de Proteção Temporária, e não querem mais viver na Colômbia, então vamos analisar”, disse.

A Colômbia tem sido a grande receptora da imigrantes venezuelanos devido à crise econômica que atingiu o país vizinho na última década. O país abriga mais de 1,7 milhão de venezuelanos.

Mas o crescente fluxo de imigração de venezuelanos também tem outros destinos.

Em dezembro, as autoridades dos EUA encontraram venezuelanos cruzando a fronteira mexicana ilegalmente quase 25 mil vezes – a segunda nacionalidade mais recorrente depois dos mexicanos. O número foi mais que o dobro registrado apenas três meses antes e muito maior do que os quase 200 do ano anterior.

Desde que os EUA romperam relações diplomáticas com o governo de Nicolás Maduro, as autoridades de imigração dos EUA não têm como processar deportações de venezuelanos para seu país de origem.

A Embaixada da Venezuela nos EUA, que está sob poder do grupo de oposição do líder Juan Guaidó (reconhecido por Washington como “presidente interino”), fez um apelo ao governo dos EUA em comunicado na terça-feira (1) para que migrantes venezuelanos possam pedir asilo.

A embaixada afirma que a imposição de restrições aos venezuelanos “só aprofundará a crise e aumentará os negócios ilegais, como tráfico de pessoas e contrabando”.

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