Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2025

Home Mundo Estados Unidos registra menos migrantes na fronteira após novas normas migratórias

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O número de pessoas que tentam cruzar de forma ilegal a fronteira entre Estados Unidos e México diminuiu desde a entrada em vigor de novas normas migratórias na semana passada.

A polícia fronteiriça contabilizou menos de 4 mil prisões e deportações de imigrantes em cada um dos últimos dois dias, disse Blas Nunez-Neto, do Departamento de Segurança Nacional.

Segundo ele, foram registrados 10 mil casos por dia na semana anterior ao levantamento do Título 42, medida tomada na pandemia para limitar a entrada no país.

A normativa foi substituída na semana passada por uma mais antiga, o Título 8, que inclui restrições ao direito ao asilo.

Autoridades buscam reduzir o número de imigrantes que tentam entrar no país a partir do México, que foi de mais de 20 mil por mês somente no ano passado.

O número expressivo rendeu ao presidente Joe Biden duras críticas dos republicanos nos Estados Unidos.

O aplicativo CBP One, criado para centralizar os pedidos de entrevistas migratórias nos Estados Unidos, recebeu dezenas de milhares de visitas e mais de 5 mil “foram processadas” desde o último dia 12, informou Nunez-Neto.

Ele assegura, entretanto, que é cedo “para tirar conclusões definitivas destes primeiros indícios”.

A porta-voz do Instituto Guatemalteco de Migração (IGM), Alejandra Mena, informou que um grupo de 115 cidadãos chegou à Guatemala procedente dos Estados Unidos, no primeiro voo de deportados sob o Título 8.

Alejandra afirmou que a fronteira norte-americana “está fechada para a imigração irregular. Aqueles que tentarem entrar serão levados para um centro de detenção e, posteriormente, devolvidos à Guatemala”.

A chancelaria guatemalteca estima que cerca de 2,7 milhões de cidadãos daquele país estejam nos Estados Unidos. Todavia, apenas 400 mil possuam documentos para trabalhar.

Nesta semana, uma menina de oito anos morreu sob custódia dos Estados Unidos em Harlingen, cidade do Texas próxima do Golfo do México.

Em comunicado, a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) afirmou que “a menina e sua família estavam sob custódia em Harlingen, onde ela teve uma emergência médica” e depois de ser levada ao hospital “foi declarada morta”. A agência, que não revelou detalhes sobre a identidade ou nacionalidade da criança, informou que abrirá uma investigação sobre a morte.

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