Segunda-feira, 06 de Maio de 2024

Home Porto Alegre Ex-brigadiano acusado de matar a ex-companheira em frente ao filho vai a júri popular nesta quinta-feira

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Acusado de matar a ex-mulher em frente ao filho do casal, um ex-policial da Brigada Militar (BM) vai a júri popular  em Porto Alegre nesta quinta-feira (25). O feminicídio foi cometido no dia 11 de dezembro de 2018 no bairro Ipanema, Zona Sul da capital gaúcha, quando o garoto tinha 12 anos. Desde então, o réu está preso.

De acordo com denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), o assassino – hoje com 35 anos – não aceitava o fim do relacionamento, decidido seis meses antes pela companheira, a bancária Michele Barbosa Pires, de 35. Ela teve a casa invadida pelo brigadiano e foi atingida por diversos tiros, morrendo no local antes de receber atendimento.

Foram acrescentados na acusação de feminicídio os agravantes de motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e ataque cometido na presença de uma criança.

Caberá ao promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim apresentar a acusação em plenário a partir das 9h30min, na 4ª Vara do Júri do Foro Central (bairro Praia de Belas). Foram designadas 13 testemunhas, entre acusação e defesa, para depoimento durante a sessão. Não foi detalhada a estimativa de duração do julgamento.

“O fato é de extrema gravidade, em uma ação que resultou de absoluta covardia”, lamenta o promotor Amorim. “Morreu uma menina cheia de vida, mãe, filha de uma família e que tinha muitos sonhos. Ai está mais um caso de feminicídio, crime tão cruel. O Ministério Público do Rio Grande do Sul está atento e combativo na defesa da vida de todas as mulheres.”

Homicídio quádruplo

Já o brigadiano que matou quatro homens de uma mesma família dentro do banheiro de uma pizzaria na Zona Norte da capital gaúcha sentará no banco dos réus em 28 de julho do ano que vem. A data foi determinada pela 2ª Vara do Júri do Foro Central e decepcionou familiares das vítimas devido à demora em um desfecho para o caso.

Em agosto de 2021, o policial entrou “de gaiato” em uma festa familiar mesmo sem conhecer os moradores ou convidados. A atitude levantou suspeita de três irmãos e um primo, com idades entre 28 e 38 anos. Decidido a tirar satisfação, o grupo perseguiu o invasor e o encurralou no bar da pizzaria.

Ele então sacou uma arma-de-fogo e atirou em cada um dos homens, que não resistiram aos ferimentos. A alegação é de legítima defesa, versão aceita no inquérito da Polícia Civil. O atirador permaneceu quase um ano detido pela BM, até que uma decisão judicial o beneficiasse com liberdade provisória desde junho de 2022.

(Marcello Campos)

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