Sexta-feira, 29 de Março de 2024

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Roberto Guillermo Bravo foi condenado a pagar US$ 27 milhões a familiares de vítimas do “Massacre de Trelew”. Em 1972, Bravo e outros militares executaram 16 prisioneiros políticos em uma base militar na Patagônia.Um júri no Estado americano da Flórida considerou um ex-oficial da Marinha argentina responsável pelo assassinato de um grupo de prisioneiros políticos em seu país de origem.

O processo tramitou na esfera civil. Ao final, o ex-oficial Roberto Guillermo Bravo, de 79 anos, foi condenado a pagar mais de US$ 27 milhões em danos às famílias de quatro das vítimas.

Bravo e outros oficiais militares foram acusados de matar a tiros 16 prisioneiros políticos desarmados e ferirem gravemente outros três na base militar de Trelew, na Patagônia, na madrugada do dia 22 de agosto de 1972. O massacre ocorreu durante a ditadura de Alejandro Agustín Lanusse, no regime conhecido como “Revolução Argentina”.

Guillermo Bravo, que vive nos EUA desde 1973 e tem cidadania americana, permaneceu calmo ao ouvir o veredicto.

Massacre de Trelew

Na versão oficial dos acontecimentos, o massacre ocorreu quando 25 guerrilheiros de esquerda foram baleados enquanto tentavam fugir de uma prisão.

Foi somente depois que a Argentina retornou à democracia em 1973 que três sobreviventes do massacre revelaram que os guerrilheiros foram executados pelos militares depois de serem recapturados sem oferecer resistência.

Os três sobreviventes foram posteriormente sequestrados e assassinados pelos militares após o golpe que instaurou novamente um regime militar na argentina entre 1976-83, na chamada “Guerra Suja”.

Durante o julgamento de cinco dias em Miami, o júri analisou provas que mostraram que, na madrugada de 22 de agosto de 1972, Bravo e outros oficiais militares acordaram 19 prisioneiros adormecidos, os alinharam e abriram fogo. Do grupo de 25 prisioneiros que realizou a fuga, apenas seis conseguiram chegar ao Chile, à época sob a presidência de esquerda de Salvador Allende.

 

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