Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Home em foco Ex-ministro da Educação depõe à Polícia Federal e diz que sai pela porta da frente

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O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi interrogado nesta sexta-feira (4), na Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo. Ele deixou o prédio por volta de 16h30.

“Terminei o segundo depoimento. Estou saindo da PF pela porta da frente. E conhecereis a verdade…”, escreveu nas redes sociais.

Os depoimentos foram prestados por videoconferência no âmbito de duas investigações. A primeira apura se houve vazamento da Operação Furna da Onça, que arrastou o senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente, para o centro da investigação das rachadinhas. O ex-ministro foi intimado por ter participado de uma reunião, durante a transição do governo, em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria admitido que sabia da operação.

O segundo depoimento foi marcado para que Weintraub pudesse explicar a declaração de que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) tentou comprar sua casa no Brasil, adiantando que ele não retornaria ao País após a ida aos Estados Unidos para assumir a diretoria do Banco Mundial.

“Moro em uma casa, num condomínio fechado, uma casa boa. Um juiz do STF estava procurando casa na região, dentro do condomínio. Viu a minha casa e falou: ‘Pô, casa bonita, hein? De quem é?’ Falaram: ‘Abraham Weintraub’. [O ministro do STF disse] ‘Pergunta para ele se não quer vender para mim’. [Falaram para ele] ‘Não está à venda’. [O ministro disse] ‘Pergunta se ele não quer vender para mim, já que ele não vai voltar para o Brasil’. O que acha disso? É adequado? Esse juiz me negou habeas corpus. Foi um dos dez que me negaram habeas corpus”, disse Weintraub entrevista ao podcast Inteligência Ltda.

Ao delegado Fábio Shor, Weintraub disse que a declaração fez referência do ministro Ricardo Lewandowski e que o magistrado teria manifestado interesse no imóvel no segundo semestre do ano passado. Ele afirmou que abordou a história na entrevista ‘por entender que seria um fato curioso, anedótico’ e negou que tivesse a intenção de imputar algum tipo de crime ou difamar o ministro.

Weintraub também rechaçou a versão de que teria dado a declaração com intenção de que fosse aberta uma investigação contra Lewandowski. Ainda negou que tenha dado a entender um pedido de vantagem indevida do magistrado. O ex-ministro disse que, se fosse o caso, ele teria tornado o caso público e documentado.

Membro da ala ideológica do bolsonarismo, Weintraub deixou o governo em junho de 2020, em meio a críticas pela gestão à frente do Ministério da Educação e desavenças com reitores, estudantes, parlamentares, chineses, judeus e ministros do STF.

“O Gabinete do Ministro Ricardo Lewandowski informa que, por intermédio de uma corretora imobiliária, o ministro visitou duas casas no referido condomínio em São Paulo, as quais estavam à venda, mas nenhuma delas de propriedade do depoente.”

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