Quinta-feira, 28 de Março de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 8 de agosto de 2022
A residência de Donald Trump na Flórida, um imóvel no resort de Mar-A-Lago, foi revistada por agentes do FBI nesta segunda-feira (8), afirmou o ex-presidente dos Estados Unidos em nota. O Departamento de Justiça responsável pelo mandado de buscas ainda não comentou a operação.
O norte-americano reclamou da operação, que classificou como desnecessária e inapropriada, dizendo que já havia cooperado com as investigações. Não está claro, entretanto, com qual apuração as buscas estão relacionadas.
“[A operação] é má conduta do Ministério Público, é usar o sistema de justiça como uma arma e um ataque de membros de esquerda radical do Partido Democrata, que desesperadamente não querem que eu concorra à presidência em 2024, especialmente com base em pesquisas recentes, e que também farão qualquer coisa para impedir republicanos e conservadores nas próximas eleições legislativas”, afirmou o Trump, no documento.
Trump não estava na propriedade quando o mandado de buscas foi cumprido.
O ex-presidente chamou o cumprimento do mandado de buscas de “ataque” e disse que algo do tipo “só poderia ocorrer em países quebrados do Terceiro Mundo” e que “infelizmente, os EUA agora se tornaram um desses países, corrupto em um nível nunca visto antes”.
“Eles até arrombaram meu cofre! Qual é a diferença entre isso e [o escândalo de] Watergate, no qual agentes invadiram o Comitê Nacional Democrata? Aqui, ao contrário, os democratas invadiram a casa do 45º presidente dos Estados Unidos”, reclamou.
O texto é escrito em primeira pessoa, mas em um parágrafo ele fala que “a perseguição política ao presidente Donald J. Trump acontece há anos”. O norte-americano, então, lembra o caso dos impeachments que sofreu e diz que a suposta perseguição “nunca termina”.
Investigações
Embora não esteja claro com qual apuração envolvendo o ex-presidente as buscas estão relacionadas, o New York Times afirma que fontes familiarizadas com as investigações relacionaram a operação na casa de Trump com o fato de que o ex-presidente retirou documentos da Casa Branca ao deixar seu posto no comando dos EUA, em janeiro de 2021. Uma investigação oficial sobre o assunto foi lançada em abril pelo Departamento de Justiça.
A investigação ocorre depois que a Administração de Arquivos e Registros Nacionais dos EUA notificou o Congresso, em fevereiro, de que havia recuperado cerca de 15 caixas de documentos da Casa Branca da casa de Trump na Flórida. Arquivos classificados foram encontrados em meio à papelada.
O Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados dos EUA na época anunciou que estava expandindo uma investigação sobre as ações de Trump e pediu aos Arquivos que entregassem informações adicionais.
A suposta invasão aumentaria os problemas legais do ex-presidente, que incluem uma investigação do Congresso sobre o ataque de apoiadores de Trump ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 e acusações de que Trump tentou influenciar os resultados das eleições de 2020 na Geórgia.
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