Domingo, 21 de Dezembro de 2025

Home Conexão Pet Fogos de artifício: o impacto nos animais e como protegê-los

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Barulho que ultrapassa 150 decibéis provoca crises de ansiedade, fugas e até convulsões em cães e gatos. Especialistas defendem alternativas silenciosas e conscientização dos tutores.

O drama das festas

As festas de fim de ano são momentos de celebração para as pessoas, mas representam um período de medo e sofrimento para os animais domésticos. O estrondo dos fogos de artifício, que pode ultrapassar 150 decibéis, é comparável ao barulho de uma turbina de avião. Para cães e gatos, cuja audição é muito mais sensível que a humana, o impacto é devastador.

Por que os pets sofrem?

O barulho repentino e intenso gera desorientação, crises de ansiedade e até convulsões. Muitos animais fogem de casa em busca de refúgio, aumentando o risco de atropelamentos e acidentes. Veterinários relatam casos de cães que chegam a se ferir tentando escapar e gatos que desaparecem por dias após os fogos.

Consequências invisíveis

Além dos efeitos imediatos, há impactos de longo prazo. Animais submetidos repetidamente ao estresse dos fogos podem desenvolver fobias, comportamentos agressivos ou depressivos. O problema não se restringe aos pets: a fauna silvestre também sofre. Aves desorientadas abandonam ninhos, e animais de campo podem entrar em pânico, causando acidentes em estradas e propriedades rurais.

Dicas práticas para tutores

* Não deixe o animal sozinho: sua presença transmite segurança.

* Prepare um refúgio seguro: escolha um cômodo silencioso, feche portas e janelas, coloque cobertores e brinquedos familiares.

* Use sons de fundo: ligar a TV ou rádio ajuda a abafar os estrondos.

* Mantenha a calma: não reforce o medo com excesso de atenção; aja naturalmente.

* Treinamento gradual: dessensibilização com sons controlados pode reduzir a sensibilidade.

* Consulte o veterinário: em casos graves, pode ser indicada medicação para controlar ansiedade.

Alternativas silenciosas

A solução não está em acabar com as festas, mas em mudar a forma de celebrar. Fogos silenciosos, que preservam o espetáculo visual sem o estampido, já são realidade em países europeus e começam a ganhar espaço no Brasil. Eventos públicos e privados que adotam essa tecnologia mostram que é possível conciliar tradição e responsabilidade.

Legislação e avanços

O Rio Grande do Sul aprovou em 2025 a proibição de fogos com estampido, medida que reforça a proteção a pessoas e animais. A lei estadual prevê fiscalização e multas, mas o maior desafio será a conscientização da população. A mudança cultural exige tempo, mas representa uma vitória da consciência coletiva.

O papel da sociedade

Mais do que leis, é preciso empatia. Tutores devem se preparar para proteger seus animais, e a comunidade deve compreender que o silêncio salva vidas. O debate sobre fogos de artifício é, na verdade, um debate sobre convivência: como celebrar sem causar dor.

Conclusão

O Conexão Pet reforça que proteger os animais durante as festas é um ato de responsabilidade e amor. Preparar o ambiente, estar presente e buscar orientação profissional são medidas simples que podem salvar vidas. O futuro das celebrações passa por alternativas silenciosas e pela consciência de que alegria não precisa vir acompanhada de sofrimento. (por Gisele Flores- pet@pampa.com.br)

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