Terça-feira, 17 de Setembro de 2024

Home em foco França, Alemanha e Reino Unido querem dar garantias de segurança à Ucrânia

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A Alemanha, a França e o Reino Unido querem estreitar laços entre a Otan e a Ucrânia com o objetivo de incentivar o governo ucraniano a iniciar negociações de paz com a Rússia, informou o Wall Street Journal na sexta-feira (24), dia de aniversário de um ano da guerra, citando autoridades dos três governos.

Na semana passada, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse que os aliados da Otan devem formular uma garantia de segurança para a Ucrânia baseada no fornecimento de armas e equipamentos modernos quando os líderes da aliança se reunirem em uma cúpula em julho.

Falando em conversa com Maria Tadeo, da Bloomberg Television, na Conferência de Segurança de Munique, Sunak endossou a ideia de a Ucrânia eventualmente ingressar na Otan, mas insistiu que também deve haver um plano para garantir a segurança do país antes disso por meio de armas e equipamentos militares avançados.

“Precisamos pensar no futuro de como protegeremos a segurança da Ucrânia”, disse Sunak no sábado passado. “Essa é uma conversa que devemos começar a ter, porque a cúpula de Vilnius [na Lituânia] é um bom lugar para concluir.”

Segundo o Wall Street Journal, que usou fontes não identificadas dos três países, a França e a Alemanha apoiam a iniciativa, e os três governos a veem como uma forma de aumentar a confiança ucraniana e dar ao governo de Volodymyr Zelensky um incentivo para retomar negociações com a Rússia, interrompidas em maio do ano passado.

A notícia traz a ressalva de que as condições das negociações de paz dependem inteiramente da Ucrânia. Apesar disso, a disposição para negociar indica as dúvidas e receios que permeiam a continuação prolongada da guerra, que não tem fim à vista e que tem tido severos custos econômicos para os países da Europa, além de acarretar em riscos nucleares.

A autoridade de nenhum país se pronunciou oficialmente, assim como não o fizeram as autoridades americanas. Washington já disse no passado que deseja que a Ucrânia esteja armada a ponto de impedir que a agressão russa se repita, e que apoiará Kiev durante o tempo que esta considerar necessário.

De todos os principais líderes de potências ocidentais, o presidente da França, Emmanuel Macron, se referiu com mais persistência à inevitabilidade da negociação com a Rússia de Putin. Ele já disse que as negociações de paz devem incluir “garantias de segurança para a Rússia”.

Durante a Conferência de Segurança de Munique, Macron também destacou que as negociações de paz são o objetivo final.

Na ocasião, o presidente francês declarou que a agressão “neocolonialista e imperialista” contra a Ucrânia desencadeada por Vladimir Putin da Rússia “deve fracassar”, chamando a guerra da Rússia de “catastrófica e injustificada”.

Ao mesmo tempo, Macron usou palavras como “diálogo” e “reengajamento” para descrever uma eventual interação com a Rússia no futuro, termos que Olaf Scholz, o chanceler alemão, evitou em um discurso imediatamente anterior que não ofereceu nenhuma previsão do fim da guerra.

Respondendo a perguntas após a fala, Macron disse:

“Agora a questão é como resistir? Como ajudar os ucranianos a fazer algo no terreno que forçará a Rússia a voltar à mesa sobre as condições da Ucrânia.”

Mas a resistência militar ucraniana não poderia ser toda a história, disse ele.

“Nenhum de nós mudará de geografia”, disse ele em Munique, acrescentando que a Rússia está em solo europeu. “Teremos que negociar.”

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