Sábado, 18 de Maio de 2024

Home Brasil Grupo pressiona governo contra desmonte ambiental promovido pelo Congresso

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Artistas e ativistas que apoiaram e dizem ter votado no então candidato Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral do ano passado criticaram as políticas ambientais do governo.

O grupo se mobilizou nas redes sociais para pressionar o presidente a vetar medidas aprovadas no Congresso Nacional que podem, na prática, desencadear retrocessos na política ambiental. Atores, influenciadores e representantes de movimentos socioambientais pedem que o petista reverta o esvaziamento da área.

“A gente elegeu este governo porque ele se pintou de verde dizendo para o Brasil e para o mundo que a natureza é o nosso maior patrimônio. E que a floresta em pé tiraria de vez o nosso país do mapa da fome. Depois de 100 dias de governo, acabou o clima”, criticou o grupo.

Vídeo que circula nas redes sociais e foi postado em conjunto por artistas como Mateus Solano e Thiago Lacerda , as medidas do Congresso “prejudicam a imagem internacional do Brasil” e afetam biomas e, principalmente, “as comunidades tradicionais, população negra, quilombola e periférica”.

A mobilização conta ainda com outros nomes, como Fe Cortez, Wagner Andrade, Larissa Maciel, Sergio Marone e Aline Matulja. No conteúdo é divulgado uma petição que será entregue ao presidente ainda neste mês.

“O Congresso Nacional quer destruir as políticas socioambientais no Brasil. Vamos pressionar o presidente Lula para que ele faça a coisa certa e honre o nosso voto”, afirmou o ator Mateus Solano em um dos trechos do vídeo compartilhado na segunda-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente.

“E aí eu te pergunto: como é que a gente vai acabar com a fome se a gente não tem nem clima para botar comida no prato? Ainda dá tempo. O presidente da República pode impedir esse desastre. Por isso, vamos pressionar o Lula para que ele faça a coisa certa e honre o nosso voto”, acrescentam.

A pasta do Meio Ambiente perdeu a administração do Cadastro Ambiental Rural (CAR), transferida para pasta da Gestão, e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que passou para o Ministério da Integração Nacional.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chamou a Medida Provisória de “retrocesso” e afirmou que as mudanças vão na “contramão” do que significa “ter uma legislação ambiental robusta”.

Marina ainda afirmou que, apesar de viver numa democracia onde se “acata as decisões legítimas do Congresso Nacional”, ela não podia “concordar” com o texto aprovado.

“Infelizmente, em recente decisão do Congresso Nacional tivemos um retrocesso e reversão dessa decisão. É uma decisão que não está em acordo com aquilo que é o fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente, que acatamos porque na democracia a gente acata as decisões legítimas do Congresso Nacional, mas não posso concordar. Não posso concordar porque elas vão na contramão daquilo que significa ter uma legislação ambiental robusta e que faça com que o Ministério do Meio Ambiente possa cumprir com suas atribuições”, afirmou.

 

 

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