Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home coronavírus Há dois anos, Rio Grande do Sul confirmava seu primeiro caso de coronavírus. Pandemia já matou 38.606 gaúchos

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Esta quinta-feira (10) marca um aniversário do qual não há qualquer motivo para comemoração: dois anos desde o anúncio do primeiro caso de coronavírus no Rio Grande do Sul. Ao longo desse tempo, o Estado registrou quase 2,2 casos de contágio, dos quais 38.606 acabaram resultando em óbito – as vítimas vão desde um recém-nascido até duas anciãs de 112 anos.

Ainda no que se refere às perdas humanas, a exceção é a cidade de Novo Tiradentes (Região Norte do Estado). Trata-se do único dentre os 497 municípios gaúchos que ainda não tem qualquer desfecho fatal da doença entre seus habitantes. O número de testes positivos também é relativamente baixo: 354.

Dentre os contágios conhecidos até agora no Estado, em mais de 2,13 milhões (97%) o paciente se recuperou – vale lembrar que parte desse grupo populacional foi infectado mais de uma vez desde o começo da pandemia. Outros 22.488 indivíduos (1%) são considerados casos ativos (em andamento), desde os assintomáticos em quarentena domiciliar até pacientes graves em hospitais.

A taxa média de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs) por adultos estava em 57,7% no início da noite desta quarta-feira. De acordo com o painel de monitoramento covid.saude.rs.gov.br, esse índice resulta da proporção de 1.776 pacientes para um total de 3.078 leitos da modalidade em 301 hospitais.

Já as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à covid chegam a 121.532 (6% do total de testes positivos) desde março de 2020. Esses e outros aspectos estatísticos podem ser conferidos de forma detalhada na plataforma ti.saude.rs.gov.br.

Relembre os casos inaugurais

O marco inicial do coronavírus no Rio Grande do Sul é o teste positivo de um homem de 60 anos, residente em Campo Bom (Serra) e que no dia 23 de fevereiro de 2020 havia retornado de viagem turística à Itália, na época um dos epicentros mundiais da doença.

Esse idoso apresentava um quadro clínico leve, sem necessidade de internação hospitalar e permanecendo isolado em casa até a sua recuperação. Nenhum familiar apresentou sintomas e todos foram acompanhados pelo Departamento Estadual de Vigilância da Secretaria Estadual da Saúde (SES).

A entrada da covid no mapa gaúcho foi oficializada na tarde de 10 de março de 2020, uma terça-feira, por meio de uma coletiva de imprensa com o governador Eduardo Leite – exatamente duas semanas antes, São Paulo havia anunciado o primeiro registro no Brasil.

Enquanto a informação era divulgada no Palácio Piratini, a SES já admitia outras 86 suspeitas de contágio, sob observação. Uma dessas pessoas se tornaria, no dia seguinte, o segundo caso no Estado e o primeiro na estatística de Porto Alegre: uma mulher de 54 anos que também estivera a passeio na Itália, retornando em 6 de março.

Já o primeiro desfecho fatal do coronavírus no Rio Grande do Sul foi notificado no dia 25 de março de 2020, na capital gaúcha. Ao lamentar o fato por meio de nota oficial, o então prefeito Nelson Marchezan Júnior – em seu último ano ano de mandato – detalhou que a vítima era uma idosa de 91 anos, internada na UTI do Hospital Moinhos de Vento.

Antes dela, outras 46 perdas humanas para a covid já haviam sido confirmadas em outros Estados – 40 delas em São Paulo e seis no Rio de Janeiro. Logo a pandemia avançaria por todo o País, em uma das maiores tragédias sanitárias já enfrentadas pelo Brasil, com implicações também econômicas cujo estrago ainda não foi superado.

“O caso ratifica a gravidade da pandemia e a necessidade de medidas de isolamento social por todos, em especial os idosos”, ressaltou em manifestação oficial o titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) na época, Pablo Stürmer. Naquele momento, as unidades de terapia intensiva da cidade já atendiam outros oito pacientes acometidos da chamada “síndrome respiratória aguda grave” (SRAG) causada pelo vírus.

“Lamentamos muito e esperamos que nossas medidas possam evitar que isso seja uma constante em nossa cidade” acrescentou Marchezan.”Precisamos de todos, porque essa não é uma questão jurídica ou ideológica, mas de saúde.”

(Marcello Campos)

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