Segunda-feira, 13 de Maio de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 22 de fevereiro de 2022
Herson Capri prepara a sua volta aos palcos com o desejo de levar uma reflexão para o público de temas que ainda são pertinentes na sociedade, como a intolerância, conservadorismo e homofobia.
Em A Vela, que estreia no dia 4 de março no Teatro das Artes, no Rio de Janeiro, o ator interpreta Gracindo, um senhor que se vê sozinho com a morte da mulher, seu único elo afetivo após ter expulsado o filho (Leandro Luna) de casa por não concordar com sua orientação sexual e a sua maneira de se expressar como drag queen.
“Basta a gente ler e se interessar pelos movimentos culturais que nos cercam para entender a importância dessa peça. Está tudo à nossa volta, o racismo, a transfobia, a homofobia, a discriminação social… É preciso combater esses atrasos. O teatro existe para isso. Fiquei surpreso com a qualidade da dramaturgia e com a pertinência do conteúdo. É um libelo aprofundado contra os preconceitos dentro de uma história simples e muito bem narrada. É poético! Essa importância do conteúdo traz uma energia especial para o ator na hora de entrar em cena”, explica ele, sobre o espetáculo, escrito por Raphael Gama e dirigido por Elias Andreato.
Ele explica que a mesmo tempo em que se preocupa com o caminho de uma parcela da população que insiste em disseminar o ódio, sente a paz de ter educado os cinco filhos sem preconceitos.
“Direta ou indiretamente sempre passei para os filhos a necessidade de não aceitarem preconceitos e discriminações consigo mesmo e com os outros. Isso sempre foi exposto nas conversas normais do dia a dia e principalmente no próprio comportamento, que é sempre o melhor referencial para os filhos. Meus filhos são esclarecidos e curiosos, querem saber mais sobre cada assunto. A minha preocupação é justamente com essa parcela da população que defende os preconceitos e age na vida disseminando ódio contra minorias. É uma atitude burra e arrogante”, avalia.
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