Domingo, 09 de Fevereiro de 2025

Home Brasil IBGE se une a órgãos públicos e sociedade civil para concluir Censo

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A prefeitura do Rio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Data Favela e a Central Única das Favelas (Cufa) trabalham em parceria para finalizar o Censo Demográfico 2022 nas favelas cariocas. Neste sábado (25), equipes desses órgãos participam na comunidade da Rocinha, na zona sul, e no Complexo da Penha, na zona norte, da ação Favela no Mapa para incentivar a população a responder à pesquisa e esclarecer dúvidas sobre o processo, que está na fase final da coleta de dados.

O Instituto Pereira Passos, órgão da prefeitura, tem parceria antiga com o IBGE em comunidades do Rio. “Com nossa experiência em programas como Territórios Sociais, que atuam diariamente nessas localidades, formamos recenseadores comunitários especializados no território carioca. Também podemos apoiar o IBGE com uma rede de conhecimentos locais institucionais muito potentes”, diz o presidente do Instituto Pereira Passos, Carlos Krykhtine.

Para o presidente do IBGE, Cimar Azeredo, “a ação conjunta é demonstração de que o instituto não mede esforços nem recursos em busca de parcerias públicas ou privadas capazes de somar para o Censo, o Brasil, os brasileiros. Estamos fazendo um trabalho inédito na história dos censos, em que pesem todos os desafios e dificuldades que enfrentamos e que não nos fizeram recuar”, afirma.

Censo atrasado

Depois de adiado por dois anos devido à pandemia de covid-19 e à falta de verba, o Censo de 2022 já ouviu 91% dos domicílios brasileiros, mas o desafio é concluir a coleta de dados a tempo de iniciar a divulgação prevista para abril ou maio. Segundo levantamento do Data Favela, um contingente entre 16 milhões e 18 milhões de brasileiros, que equivaleria ao terceiro ou quarto estado do país, mora em favelas e comunidades e que nem sempre são acessíveis aos recenseadores.

Com a atuação de uma ampla rede de lideranças da Cufa e do Data Favela, o IBGE vai ampliar o acesso a uma população que, muitas vezes, não é facilmente acessada pelos agentes do IBGE. – seja pelo fato de a maior parte dos habitantes dessas comunidades passar grande parte do dia trabalhando fora, pelas dificuldades em encontrar domicílios devido à densidade de moradias e à ausência de endereçamento ou ainda pelos recenseadores serem recebidos por pessoas que, algumas vezes, preferem não prestar informações.

Simone Tebet

“Abrir a porta de suas casas para o IBGE é abrir as portas para uma vida melhor”. É o que disse neste sábado (25) a ministra do Planejamento e Orçamento (MPO), Simone Tebet, em lançamento da Favela no Mapa, ação lançada em parceria entre o ministério, a Central Única das Favelas (Cufa), o DataFavela e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que levará os recenseadores a completarem o Censo Demográfico nas favelas brasileiras.

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