Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home Esporte Interesse árabe no futebol brasileiro: saiba quais clubes poderiam facilitar entrada de investidores

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O ministro da economia, Paulo Guedes, agitou torcedores nas redes sociais ao afirmar que, em conversa com investidores árabes, estes teriam manifestado a intenção de “comprar” ou investir em clubes brasileiros. O assunto teria surgido em meio às viagens que a comitiva do governo federal tem feito por países como Emirados Árabes, Bahrein e Qatar.

“Eles anunciaram: ‘calma, nós vamos comprar dois times; estamos examinando e vamos comprar dois times’. Eles vêm aí com os investimentos. Isso ontem e anteontem na viagem”, disse Guedes, durante evento em Brasília, sem dizer quais times serão comprados.

A ideia de investimentos de empresários e líderes da região em clubes brasileiros é antiga e voltou com força após a aquisição do Newcastle, da Inglaterra, por um fundo de investimentos da Arábia Sáudita. O movimento foi o terceiro grande investimento do Oriente Médio em clubes europeus, precedido pela composição Grupo City, uma série de clubes capitaneada pelo Manchester City sob controle do xeque Mansour (Emirados Árabes), além do PSG, comandado pelo qatari Nassel Al-Khelaifi e financiado por recursos do país.

No Brasil, a compra de clubes ainda é um cenário limitado, dada a natureza da maior parte das principais agremiações do Brasil como associações sem fins lucrativos. Mas mudanças estão a caminho: clubes como Botafogo, Cruzeiro e América-MG já se movimentam após a aprovação da regulamentação do modelo de clube-empresa no futebol do país. Com isso, correm para virar sociedades anônimas e abrirem caminho para a entrada de investidores nacionais e internacionais num modelo mais próximo às aquisições que ocorrem na Premier League.

Botafogo – Um dos pioneiros na adoção do modelo clube-empresa, aprovada pelos sócios desde o fim de 2019, o Botafogo se movimenta pela criação de uma sociedade anônima e a captação de investimentos para a operação de seu futebol. O clube, que já garantiu o retorno à Série A, firmou parceria com a XP Investimentos para buscar os aportes no mercado internacional. A expectativa é encaminhar a situação até o segundo semestre do ano que vem.

Cruzeiro – Outro clube com situação bem encaminhada para o caminho de sociedade anônima é o Cruzeiro. Atualmente disputando a Série B do Brasileirão, a Raposa tenta sanar suas dívidas e voltar a ter uma equipe competitiva por meio do novo modelo. Assim como no Botafogo, a XP Investimentos tem cuidado da operação. Segundo representantes da empresa, já há interessados e o processo pode ocorrer já no primeiro trimestre de 2022.

América-MG – O América Mineiro é outro clube interessado em contar com investidores em seu futebol. Dos clubes da lista, é o que tem uma das situações mais avançadas. O clube prefere manter as negociações confidenciais, mas já tem acordo com o grupo Kapital Football, dos Estados Unidos, para fazer parte de um conglomerado de gestão esportiva, em moldes que lembram o City. A previsão é que o processo ocorra no início do ano que vem.

Vasco – O Vasco não acena ao modelo de clube-empresa, mas passa por dificuldades financeiras semelhantes a de Cruzeiro e Botafogo, contra os quais disputou a Série B em 2021 — sem conseguir o acesso. Recentemente, o clube usou artigos da lei aprovada para obter a renegociação de dívidas com seus credores. No caso do cruz-maltino, a expectativa tem mais a ver com simpatia: como Guedes mencionou, o emir do país, Tamim bin Hamad al-Thani é de fato torcedor do clube.

Atlético-GO – Em processo de equilíbrio das contas nos últimos meses, o Atlético caminha para adoção do modelo de sociedade anônima. A intenção é vender parte das ações do clube a um investidor. “A SA já está constituída, contudo ainda não está operacional. Estamos esperando o momento adequado para fazer a migração total do futebol para a empresa”, explica o advogado Eduardo Carlezzo, à frente da operação.

No Brasil, há outros clubes que adotam o modelo de clube-empresa ou semelhantes, que permitem a entrada de investidores externos. Dois deles estão atualmente na Série A do Brasileirão: o Bragantino, controlado pela marca de energéticos Red Bull e parte de um conglomerado internacional, e o Cuiabá, gerido pela família Dresch.

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