Sexta-feira, 10 de Maio de 2024

Home em foco Investigações do caso Marielle Franco podem avançar

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A Polícia Federal (PF) avançou nas investigações envolvendo o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

A grande preocupação da PF, hoje, é com a segurança de familiares de investigados que colaboraram, estejam colaborando ou em negociação para auxiliar na apuração.

A PF tem um programa sofisticado de proteção para quem quiser colaborar com investigações e coloca esse aparato à disposição nas tratativas com eventuais colaboradores.

Nos bastidores, a preocupação é de que haja um movimento para pressionar familiares e amedrontá-los.

No domingo (21), o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim publicou informou que Ronnie Lessa, autor dos disparos contra Marielle, estaria colaborando com as investigações.

Na terça (23), a PF divulgou uma nota para dizer que há apenas uma colaboração no caso – a firmada por Élcio Queiroz, que dirigia o carro que levava Lessa. Essa delação foi homologada Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Investigadores ouvidos pelo blog lembram que Élcio Queiroz, ao decidir pelo acordo de colaboração – que, inclusive, foi firmado fora do Rio de Janeiro – pediu proteção para a família, e que a maior proteção para os envolvidos, justamente, “é falar”.

A PF não divulga tratativas de delatores para evitar janelas de pressão a investigados e familiares.

No governo Lula (PT), a expectativa é de que o caso Marielle e Anderson seja resolvido ainda no primeiro semestre de 2024.

“Ecossistema” e milicianos

Uma fonte com acesso às investigações disse ao blog que o caso está num ”ecossistema” de diferentes frentes de crimes no Rio de Janeiro.

Desde que a PF passou a apertar o cerco contra a criminalidade no estado, milicianos passaram a uma guerra particular em busca de domínio de territórios e poder.

Um ministro ouvido pelo blog afirma que o nível de envolvimento da milícia e da política surpreende até os mais experientes investigadores.

As reações da milícia no Rio de Janeiro nos últimos meses, diz essa fonte, é reflexo do avanço das investigações da PF no combate ao crime organizado como um todo.

Há, ainda, a avaliação de que existe um movimento de ”queima de arquivo” entre criminosos.

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