Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 5 de novembro de 2023
A Embaixada de Israel em Brasília (DF) divulgou uma nota responsabilizando o grupo terrorista palestino Hamas pela demora na autorização para que os 34 brasileiros, palestinos com residência no Brasil e parentes próximos que estão na Faixa de Gaza possam atravessar a fronteira para o Egito. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aguarda, no Cairo, capital egípcia, o grupo para seu retorno ao Brasil.
Mais cedo, o jornal The New York Times publicou que o Hamas incluiu combatentes em listas de partida, atrasando esforços para retirada de estrangeiros de Gaza. Uma fonte de alto escalão do governo Biden informou que foi este justamente o motivo central para o atraso na liberação de estrangeiros.
Até o momento, as autoridades israelenses e egípcias liberaram quatro listas com estrangeiros de várias nacionalidades, sendo que em nenhuma delas havia brasileiros. A nota não explica por que, apesar dos diversos apelos feitos a Tel Aviv, o Brasil ainda não foi contemplado.
“O Estado de Israel está fazendo absolutamente tudo que pode e que está ao seu alcance para que todos os estrangeiros deixem a Faixa de Gaza o mais rapidamente possível. Qualquer outra afirmação está errada e é fruto de fake news ou desinformação sobre essa complexa e desumana situação criada exclusivamente pelo Hamas”, diz um trecho da nota.
O comunicado é iniciado chamando a atenção para os “posicionamentos sobre os alegados atrasos na liberação de cidadãos brasileiros na Faixa de Gaza a partir dos ataques desumanos ocorridos a partir do dia 7 de outubro”. Afirma que o Hamas é uma organização terrorista que sequestra, massacra, estupra e tortura centenas de pessoas de muitas nacionalidades.
“O Hamas está atrasando a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza e os utiliza de maneira desumana para se apresentarem como vítimas”.
No sábado, mais 599 estrangeiros foram autorizados a sair da Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Pelo quarto dia consecutivo, não havia brasileiros na lista de pessoas que poderiam deixar o território palestino, fugindo do conflito entre Israel e Hamas, que já ultrapassou 10 mil mortos.
Os americanos, pelo terceiro dia consecutivo e em plena visita do secretário de Estado americano, Antony Blinken, a Israel, eram a maioria do grupo, com 386 cidadãos autorizados. Em seguida, havia britânicos (112), franceses (51) e alemães (50). As negociações para a retirada de civis com nacionalidade estrangeira, pouco transparentes e sem um critério claro, envolvem Israel, Egito, Catar e EUA.
Na última sexta (3), em uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, o chanceler de Israel, Eli Cohen, garantiu que os brasileiros que estão em Gaza serão liberados para atravessar a fronteira até esta quarta (8), na pior das hipóteses. O Itamaraty tem demonstrado desconforto em relação aos nacionais que estão na zona de conflito, não apenas com o risco de serem atingidos, mas também diante da possibilidade de bens de primeira necessidade, como água, alimentos e remédios faltarem.
O Brasil condenou o que chamou de “ataques terroristas” do Hamas a Israel. No entanto, o país pede o cessar-fogo e já tornou pública sua preocupação com a reação israelense, que causou a morte de milhares de civis, incluindo mulheres, crianças e idosos.
Leia a íntegra da nota:
“Em atenção aos posicionamentos sobre os alegados atrasos na liberação de cidadãos brasileiros na Faixa de Gaza a partir dos ataques desumanos ocorridos a partir do dia 7 de Outubro, informamos:
O Hamas é uma organização terrorista que sequestra, massacra, estupra e tortura centenas de pessoas de muitas nacionalidades. Essa organização assassina provou repetidamente que seus relatórios não são confiáveis.
O Hamas está atrasando a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza e os utiliza de maneira desumana para se apresentarem como vítimas.”
O Estado de Israel está fazendo absolutamente tudo que pode e que está ao seu alcance para que todos os estrangeiros deixem a Faixa de Gaza o mais rapidamente possível.
Qualquer outra afirmação está errada e é fruto de fake news ou desinformação sobre essa complexa e desumana situação criada exclusivamente pelo Hamas.
No Ar: Pampa Na Madrugada