O governo de Portugal não hesitará para aumentar as restrições contra a covid-19 durante as festas de Natal se elas forem necessárias para controlar uma disparada recente de casos da doença, disse o primeiro-ministro português, António Costa, nesta quarta-feira (1º).
O país voltou a declarar a situação de calamidade nesta quarta porque, segundo Costa, o país “não está tão bem quanto queria estar”. Portugal já esteve nessa mesma situação entre 1º de maio e 30 de setembro.
A situação de calamidade é o nível de resposta a situações de catástrofe mais alto previsto na Lei de Base da Proteção Civil, acima das situações de contingência e de alerta. Esta última estava em vigência até esta quarta.
Apesar de o país ter um dos índices de vacinação mais elevados do mundo, um aumento recente de infecções e o surgimento da variante ômicron do coronavírus levaram o governo a readotar algumas restrições.
Quando indagado se o governo pode adotar mais medidas restritivas durante o período natalino, Costa respondeu: “Todos nós desejamos que estas medidas não sejam necessárias, mas se se tornarem necessárias, tomaremos essas medidas”.
“Devemos estar sempre vigilantes para tomar novas medidas, se necessário. É assim que temos vivido nos últimos dois anos e temos conseguido prevalecer, embora tenha sido difícil para todos”, disse o premiê aos repórteres.