Sábado, 18 de Maio de 2024

Home Brasil Juro do cartão de crédito vai a 447,7% ao ano, maior nível desde 2017

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O juro médio total que é cobrado pelos bancos no rotativo do cartão de crédito subiu 14,4 pontos porcentuais do mês de março para abril.

As informações divulgadas pelo Banco Central (BC) na terça-feira (30) evidenciam a alta mesmo após o fim do ciclo de alta da Selic.

O rotativo do cartão, juntamente com o cheque especial, é uma modalidade de crédito emergencial, muito acessada em momentos de dificuldades.

A taxa passou de 433,3% (dado revisado) para 447,7% ao ano, o maior patamar desde março de 2017.

No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro passou de 193,2% (dado revisado) para 200,7% ao ano.

Este é o maior valor da série histórica disponibilizada pelo BC, iniciada em março de 2011. Levando em conta o juro total do cartão de crédito, que considera operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 102,4% (dado revisado) para 104,8%.

No mês de abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos.

A intenção do governo  à época com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.

Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, formalizaram a criação de um grupo de trabalho com o BC para debater as causas e propor soluções para os juros elevados do cartão de crédito. Conforme apurações, uma das opções na mesa é acabar de vez com a modalidade.

Endividamento
Na mira do governo federal, o endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro caiu pelo quinto mês consecutivo e fechou março em 48,5%, ligeiramente abaixo do porcentual de fevereiro (48,6%).

Apesar da queda nos últimos meses, o endividamento das famílias ainda está próximo do recorde da série histórica do Banco Central, de julho do ano passado (50,1%).

Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,7% em março, contra 30,8% no mês anterior.

Enquanto isto, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) subiu no mês de março, para 27,7%, contra 27,4% no mês anterior.

O porcentual de março fica muito próximo do maior valor da série, de setembro de 2022 (27,8%).

Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 25,6% em março, ante 25,4% em fevereiro.

 

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