Terça-feira, 07 de Maio de 2024

Home Política Lula em Minas: bolsonaristas e grevistas trocam provocações

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Manifestantes bolsonaristas contrários a Lula e professores e servidores das instituições de ensino federal se estranharam em frente à uma fábrica de biomedicamentos, em Nova Lima (MG), onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (26) da inauguração de uma planta industrial que retomará a produção de insulina glargina no País.

A Polícia Militar teve que intervir para evitar tumulto e estacionou uma viatura para separar os dois grupos. Os opositores do presidente portam faixas contra o comunismo e também um banner onde chamam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de Judas e canalha, além de bandeiras do Brasil e Israel.

Os professores estão em greve desde a semana passada e o servidores desde março. Eles reivindicam melhorias na proposta salarial apresentada pelo Ministério da Educação que não prevê reajuste para este ano. Na manifestação dessa manhã, eles cobram diálogo com o “presidente sindicalista”.

No local, os grevistas gritam palavras de ordem de apoio a Lula e cantam “A Internacional”, música socialista. Enquanto os opositores, chamam os grevistas de pão com mortadela e gritam que “vieram de graça”.

“Greve é direito! Fizemos o L e faremos novamente quantas vezes forem necessárias”, diz uma das faixas dos grevistas.

Lula em Minas

Durante discurso, Lula destacou a importância da fábrica para o acesso da população ao insumo. Emocionado, o presidente contou a experiência de sua bisneta Analua, de 7 anos, que vive com diabetes mellitus tipo 1.

“Ela vive com aparelho no ombro, [conectado] com celular, cada coisa que ela come, ela tem que controlar. E o que é fantástico é que ela pede para mãe e para o pai aplicar a insulina nela, ela já não tem mais medo, já faz parte da vida dela. […] Então, eu quero que a minha bisneta Analua saiba que esta figura simpática aqui [Walfrido] vai te dar tranquilidade para você viver mais do que eu e mais do ele está vivendo, porque a vida precisa que os bons vivam muito e que os maus descansem logo”, disse.

Pioneira no setor de biomedicamentos no Brasil, a empresa responsável prevê produzir 20 milhões de refis de insulina anualmente na nova fábrica. A empresa espera iniciar em breve as canetas com a medicação. A produção de Nova Lima representa 80% da demanda interna. A planta industrial de Nova Lima tem 12 mil metros quadrados de área construída e deve criar 300 empregos diretos e 1,2 mil indiretos.

A insulina é o medicamento essencial para o controle da diabetes, que atinge dezenas de milhões de brasileiros. De acordo com dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), publicada em novembro do ano passado, 10,2% da população do país vive com a doença. No início deste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um conjunto de alterações que permitem a produção da insulina glargina. As novas definições permitem que a empresa responsável pela fábrica realize etapas de formulação e envase final do produto em território nacional.

O investimento da empresa biofarmacêutica na construção da nova estrutura foi de R$ 800 milhões. A fábrica terá capacidade para 20 milhões de unidades de refis de insulina glargina (de ação prolongada) por ano – e, na sequência, de canetas de insulina. Além disso, poderá fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. A estimativa é de que a unidade gere 300 empregos diretos e 1,2 mil indiretos.

 

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