Quinta-feira, 06 de Novembro de 2025

Home em foco Lula pode perder até 17 ministérios se Congresso não votar até esta quinta Medida Provisória que reestruturou a Esplanada

Compartilhe esta notícia:

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode perder 17 ministérios se a Medida Provisória (MP) 1154/23, publicada no primeiro dia de governo, não for votada ainda esta semana no Congresso Nacional.

A MP reformulou os ministérios, definindo 37 ministros, sendo 31 ministérios e seis órgãos com status de ministério. A medida perde validade se não for votada pela Câmara e pelo Senado até quinta-feira (1º).

Se o texto não for votado e perder validade, a estrutura dos ministérios volta a ser a adotada no governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 23 ministros. Caso isso ocorra, os ministros que ficariam sem pastas seriam os seguintes:

– Ana Moser, ministra do Esporte;
– André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura;
– Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial;
– Carlos Lupi, ministro da Previdência Social;
– Cida Gonçalves, ministra da Mulher;
– Esther Dweck, ministra de Gestão;
– Geraldo Alckmin, ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços;
– Jader Filho, ministro das Cidades;
– Luiz Marinho, ministro do Trabalho;
– Márcio França, ministro dos Portos e Aeroportos;
– Margareth Menezes, ministra da Cultura;
– Renan Filho, ministro dos Transportes;
– Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário;
– Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social;
– Simone Tebet, ministra do Planejamento;
– Sônia Guajajara, ministra dos Povos Originários;
– Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social.

Dois deles poderiam assumir os antigos ministérios de Infraestrutura e Cidadania, desmembrados na MP de Lula. Além disso, o Ministério de Relações Institucionais, chefiado por Alexandre Padilha, poderia ser rebatizado como Secretaria de Governo.

Tramitação

Na última quarta-feira (24) comissão mista da Câmara aprovou o parecer do relator da MP, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), que alterou principalmente a estrutura dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.

Pelo texto aprovado na comissão, o Ministério da Justiça e Segurança Pública voltará a responder pelo reconhecimento e pela demarcação de terras indígenas, retirando atribuições do Ministério dos Povos Indígenas.

Já o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas deixará de ser responsável pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), que estará vinculado ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos; e pelos sistemas de saneamento básico, resíduos sólidos e recursos hídricos, que vão para o Ministério das Cidades.

O deputado Isnaldo Bulhões avaliou que o Ministério da Justiça deve continuar sendo o responsável pelo reconhecimento à demarcação das terras e dos territórios indígenas “à luz do princípio constitucional da eficiência administrativa e da continuidade das políticas destinadas aos povos indígenas”.

Sobre as alterações no Ministério do Meio Ambiente, o relator afirmou que o objetivo também é promover a eficiência da gestão pública.

“Considerando que tal cadastro, de forma simples, é um registro público eletrônico nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, materialmente, entendemos oportuno e relevante que tal competência seja exercida pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos”, opinou.

Sinais negativos

As alterações foram criticadas por governistas, que já falaram que poderão ir ao STF contra as mudanças. Em audiência na Câmara dos Deputados, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que o Plenário da Câmara mantenha o texto original da MP.

Para a ministra, se o Congresso retomar a estrutura do governo passado, será uma sinalização ruim para o mundo e serão fechadas as janelas de oportunidades para a transição para um país da sustentabilidade, inclusive podendo prejudicar acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

A Câmara deve votar o texto no início da semana para enviá-lo ao Senado.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Brasil tem 60 padres da Igreja Católica condenados por pedofilia
Demolição de um dos últimos pavilhões antigos da Cadeia Pública de Porto Alegre deve ser concluída até esta terça
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play
Ocultar
Fechar
Clique no botão acima para ouvir ao vivo
Volume

No Ar: Programa Pampa Na Madrugada