Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 26 de janeiro de 2023
Dia após a dia, a caixa de mensagens do secretário Nacional de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, tem sido preenchida por denúncias sobre os atos do dia 8 de janeiro. Até a última quarta-feira (25), eram mais de 101 mil que haviam sido enviadas por meio do canal criado pelo Ministério da Justiça para concentrar informações sobre os manifestantes radicais.
Com o auxílio de oito funcionários, Pereira mapeou 200 gigabytes de dados com a ajuda de um software criado para organizar fluxos de conteúdo. A partir dessa triagem, ele e sua equipe entregaram à Diretoria de Inteligência da Polícia Federal (DPF) 70 nomes de supostos criminosos denunciados à pasta por e-mail. Uma parte é composta por influencers que fizeram do bolsonarismo um meio para ganhar dinheiro.
“Estamos usando ferramentas de inteligência para poder mapear as mensagens com mais eficiência”, afirma Pereira. “A gente organiza e manda para a Polícia Federal, de acordo com critérios de agregação que podem ser mais relevantes para esclarecer quem organizou, quem financiou e, principalmente, quem estava diretamente envolvido na destruição do patrimônio público.”
A maior parte das denúncias veio de municípios de médio e pequeno porte, algumas vezes por vizinhos de manifestantes que participaram das invasões do dia 8. Com ajuda de inteligência artificial, Pereira e sua equipe miraram nomes que apareceram com mais frequência nas denúncias, além de mensagens que incluíam números de pix e nomes de possíveis financiadores, quase sempre médios e pequenos empresários que financiaram excursões de ônibus para Brasília.
Entre os nomes, há PMs da ativa e da reserva, além de integrantes das Forças Armadas e um bombeiro suspeito de financiar os ataques antidemocráticos.
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