Terça-feira, 23 de Abril de 2024

Home Brasil Mais de 60% dos brasileiros dizem querer evitar se reunir com pessoas fora de casa nas festas de fim de ano

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Segundo uma nova pesquisa do Datafolha, 62% dos brasileiros declaram que não têm a intenção de se reunir com moradores de outros domicílios no Natal e no réveillon.

O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 16 de dezembro, com 3.666 entrevistas em 191 municípios por todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Apesar de ser minoria, o grupo de pessoas que pretendem celebrar com pessoas de fora da residência durante o período de festas é maior do que em 2020. Este ano é de 38% dos entrevistados, contra 25% no ano anterior.

Há variação entre homens e mulheres nesse índice: 42% deles afirmam que pretendem encontrar pessoas com quem não moram juntos, contra 33% delas. Entre jovens e mais velhos também há discrepância: 45% ante 30%. Entre os mais instruídos, 49% têm essa intenção, contra 28% dos menos instruídos. Entre os que aprovam e reprovam o governo do presidente Jair Bolsonaro também se nota diferença: 44% ante 36%, respectivamente, têm intenção de se reunir com pessoas com que não compartilham o lar.

Um em cada quatro entrevistados pelo Datafolha (24%) diz que deve viajar no fim do ano para encontrar a família nas festas, visitar parentes ou ir a algum local a lazer. No ano passado, esse índice estava em 15%.

A intenção de viajar é maior entre homens (28% contra 20% das mulheres), jovens (33% da faixa de 16 a 24 anos) e pessoas com renda familiar mensal acima de dez salários mínimos (46%).

Desigualdade

A desigualdade vacinal já é um problema real no País, revelaram os dados do Monitora Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo o documento, apenas 16% dos municípios do Brasil apresentam mais de 80% da população com o esquema vacinal completo.

Uma distribuição vacinal desigual é preocupante porque locais com baixa cobertura de vacinação representam um risco para a população local e se tornam porta de entrada para novas variantes.

“Dados de outros países indicam que em 2022 locais com baixa vacinação devem favorecer a ocorrência de surtos”, afirma a Fiocruz.

O documento é divulgado em um momento em que o país está em alerta com a nova versão do coronavírus, a ômicron, reportada no dia 24 de novembro, na África do Sul. Desde que foi detectada, a variante causou um número recorde de casos no país africano.

Até o dia 8 de dezembro, 74,95% da população brasileira havia recebido a primeira dose dos imunizantes contra a Covid-19, 64,78% estava com esquema vacinal completo e 9,04% havia recebido a terceira dose do imunizante.

Esses percentuais, contudo, não estão espalhados pelo território de forma equivalente.

O acesso aos imunizantes é também um problema socioeconômico, segundo a Fiocruz. Os locais que apresentaram baixa cobertura vacinal são os mesmos que possuem baixo índice de desenvolvimento humano (IDH).

Enquanto que, no Sul do País, 30% dos municípios apresentam mais de 80% da população com esquema de vacinação completo, na região norte esse percentual cai para apenas 1,1%.

No restante do País, o percentual de imunizados com as duas doses da vacina corresponde a:

– 27,2% no Sudeste;

– 11,8% no Centro-Oeste;

– 2,7% no Nordeste.

Dentre os Estados da federação, Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Roraima e Sergipe não possuem nenhum município com mais de 80% da população totalmente imunizada.

Os dados citados refletem a situação vacinal do País apenas até o dia 8 de dezembro. O e-SUS Notifica, plataforma que reúne informações sobre casos e mortes por causa de covid-19, voltou ao ar no dia 21 de dezembro.

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