Terça-feira, 18 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 22 de maio de 2023
Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na presidência da República, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (22) sobre a entrada de joias não declaradas vindas da Arábia Saudita no Brasil.
O depoimento foi marcado para iniciar às 15h30, por videoconferência já que os investigadores do caso são da Polícia Federal (PF) em São Paulo e ouvem o militar de dentro da cela em que ele está preso no quartel-general do Exército, em Brasília.
Em depoimento anterior sobre o caso, Cid afirmou que a tentativa frustrada de recuperação, por parte do governo federal, das joias recebidas da Arábia Saudita que estavam retidas na alfândega no Aeroporto de Guarulhos (SP) começou com um pedido de Bolsonaro.
Conforme Cid, o então presidente o avisou sobre a existência das joias retidas no aeroporto no final do ano passado e pediu que o ajudante de ordens checasse se era possível regularizar os itens.
O depoimento desta segunda estava previsto para 3 de maio, mesmo dia em que Cid foi preso preventivamente na Operação Venire, e por isso precisou ser remarcado.
Semana passada, Cid e a esposa, Gabriela, também prestaram depoimento à PF, sobre o caso dos cartões de vacina. O ex-ajudante de ordens optou pelo silêncio, mas Gabriela Cid admitiu ter usado o certificado falso de vacinação contra a covid. Gabriela responsabilizou o marido pela inserção dos dados falsos.
Operação Venire
A operação da PF contra o ex-presidente e alguns de seus principais auxiliares foi deflagrada no dia 3 de maio. Na ocasião, Cid também ficou em silêncio.
Segundo as investigações, as informações falsas que comprovariam a aplicação de vacinas no ex-presidente, na sua filha, Laura, no ex-assessor e em familiares, teriam sido inseridas no sistema do Ministério da Saúde e apagadas logo depois para gerar um certificado que seria utilizado em viagens internacionais.
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