Sábado, 27 de Julho de 2024

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O Mercado Livre anunciou o lançamento de um sistema de blockchain e de uma criptomoeda própria, a Mercado Coin, desenvolvida em parceria com a empresa Ripio. O novo ativo digital começa valendo 10 centavos de dólar e vai obedecer à lógica de precificação do mercado. A companhia não revela o investimento no projeto, limitando-se a dizer que foi necessário um ano e meio de trabalho.

O vice-presidente sênior e líder do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes, diz que o criptoativo estará disponível para 500 mil pessoas. A princípio, a moeda será recebida como cashback nas compras feitas no comércio eletrônico, mas também será possível negociá-la na plataforma do Mercado Livre destinada a transações com criptomoedas.

O gerente sênior de Desenvolvimento Corporativo, Guilherme Cohn, disse que a companhia buscou as melhores práticas de mercado, já que não há regulação específica para esse ativo financeiro. A líder do setor jurídico da fintech do Mercado Livre, Priscila Faro, no entanto, disse que essa falta de regulação não prejudica o projeto, pois já há diretrizes para as principais questões legais do ativo, como aquelas ligadas à Receita Federal.

A moeda será negociada na plataforma de exchange do Mercado Livre, desenvolvida em parceria com a Paxos. Já a Mercado Coin foi feita em colaboração com a empresa Ripio, que oferece a criação de criptomoedas como um serviço.

Genericamente, uma criptomoeda é um tipo de dinheiro – como outras moedas com as quais convivemos cotidianamente – com a diferença de ser totalmente digital. Além disso, ela não emitida por nenhum governo (como é o caso do real ou do dólar, por exemplo).

Embora o bitcoin seja a moeda digital mais conhecida, o conceito de criptomoeda é anterior a ele. Segundo o site bitcoin.org, mantido pela comunidade ligada ao bitcoin, as criptomoedas foram descritas pela primeira vez em 1998 por Wei Dai, que sugeriu usar a criptografia para controlar a emissão e as transações realizadas com um novo tipo de dinheiro. Isso dispensaria a necessidade da existência de uma autoridade central, como acontece com as moedas convencionais.

As criptomoedas podem ser usadas com as mesmas finalidades do dinheiro físico em si. As três principais funções são servir como meio de troca, facilitando as transações comerciais; reserva de valor, para a preservação do poder de compra no futuro; e ainda como unidade de conta, quando os produtos são precificados e o cálculo econômico é realizado em função dela.

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